Em tempo de isolamento social e de Estado de Emergência, a prática desportiva com a devida consciência social tem sido permitida um pouco por todo o mundo. Uma janela de oportunidade para exercitar o corpo e a mente.
Em França, país que permite as saídas para corrida ao ar livre até dois quilómetros nas proximidades do domicílio, Elisha Nochomovitz, cidadão francês que reside em Balma, nos subúrbios de Toulouse, levou à letra as recomendações do ministério dos Desportos.
Nochomovitz, 32 anos e 36 maratonas no curriculum, correu para trás e para a frente, num espaço de sete metros de cumprimento e um de largura, a sua varanda. Foram mais de 6 mil voltas.
Um desafio físico e mental partilhado com o mundo pelas redes sociais como forma de prestar apoio às equipas médicas que estão a fazer “um trabalho extraordinário”, disse à Associated Press.
A treinar para a próxima maratona, sem saber ainda qual, devido ao período de indefinição, pretendeu igualmente passar uma mensagem de esperança e um recado sobre a nova vida por causa da pandemia do novo coronavírus. “Queria lançar um desafio um tanto ou quanto louco, trazer um pouco de humor e desdramatizar a situação de confinamento”, acrescentou.
No percurso que demorou 6h48m, Elisha Nochomovitz quis mostrar que é possível manter a forma à medida que as restrições de saída podem aumentar um pouco por todo o mundo. Em França, por exemplo, as autoridades limitam o exercício físico aos dois quilómetros.
“Se todos pensarmos da mesma forma e se fizemos todos o mesmo, daremos por nós todos na rua e isso não ajuda em nada, e a mensagem que temos que ficar confinados em casa não terá qualquer impacto”, acrescentou.
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