António Costa publicou esta estimativa na sua conta pessoal na rede social Twitter, onde também se congratulou por o parlamento ter aprovado por "ampla maioria" o decreto presidencial que renova o estado de emergência até 14 de fevereiro.
"A nova variante da covid-19 representará já mais de 32% dos casos, e na área de Lisboa pode corresponder a quase 50% dos casos confirmados", advertiu o primeiro-ministro.
Segundo um documento da Direção-Geral da Saúde, perto de um terço dos casos de covid-19 no país podem corresponder à nova variante detetada no Reino Unido, e a Área Metropolitana de Lisboa pode representar quase metade dos casos confirmados,
O documento, divulgado hoje pela ministra da Saúde, Marta Temido, no parlamento, cita dados do laboratório Unilabs, os quais referem que "cerca de 32,2% dos casos podem corresponder à nova variante B.1.1.7, e na região da Área Metropolitana de Lisboa esta variante pode representar quase 50% dos casos confirmados".
"No entanto, existem limitações inerentes a dados provenientes apenas de um laboratório, e podem não ser representativos", adverte a Direção-Geral da Saúde.
De acordo com o mesmo documento, a proporção da variante detetada no Reino Unido sobre o total de casos "tenderá a aumentar em virtude da vantagem seletiva da maior transmissão. Se for confirmado o aumento da letalidade associado à variante, é expectável um aumento da letalidade em Portugal".
É ainda citado o relatório no NervTaga de 21 de janeiro que indica que a variante associada ao Reino Unido apresenta maior transmissibilidade quando comparada com outras variantes, como tem vindo a ser reconhecido internacionalmente.
Portugal atingiu hoje novos máximos diários ao registar 303 mortes relacionadas com a covid-19 e 16.432 casos de infeção com o novo coronavirus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
A região de Lisboa e Vale do Tejo é a que regista maior número de mortes (142) e de novos casos (8.621).
O boletim epidemiológico revela também que o número de doentes internados baixou ligeiramente. Hoje estão internadas 6.565 pessoas, menos 38 em relação a quarta-feira, das quais 782 em unidades de cuidados intensivos (menos uma nas últimas 24 horas).
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