António Costa defendeu esta posição no final do discurso com que encerrou a cerimónia de assinatura do segundo pacto para a cooperação entre Estado e instituições do setor social, que decorreu no Palácio Foz, em Lisboa.

“Quero aqui expressar o meu mais profundo reconhecimento e agradecimento pelo trabalho inexcedível que foi desenvolvido, sobretudo na primeira vaga da covid-19, quando ainda se conhecia pouco da realidade desta pandemia e a ameaça que este vírus constituía para a população mais vulnerável, a mais idosa”, declarou António Costa.

Com o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, a ouvir o seu discurso, bem como os responsáveis das entidades de solidariedade social, o primeiro-ministro recordou “os momentos dramáticos que se viveram em muitas instituições residenciais”.

“Felizmente, a realidade é bem diversa. Há um ano tínhamos cerca de 300 surtos ativos em lares. Neste momento, temos cerca de 40 surtos ativos. Claro que o sonho de todos era não termos nenhum, mas este dado demonstra bem o progresso que tivemos”, sustentou.

António Costa disse depois que, para este progresso, não contou apenas a vacinação, que é “a melhor arma contra este vírus e que tem garantido um menor número de infeções, menor severidade das infeções e, sobretudo, muito menor letalidade entre os nossos idosos”.

“A par da vacinação, aprendemos também como nos proteger melhor e organizar melhor. Ao longo destes dois anos, os esforços que as instituições de solidariedade fizeram para ganhar nova capacitação e tornarem-se menos vulneráveis está bem expressa nos resultados”, apontou.

Ou seja, segundo António Costa, para os progressos “não contou apenas a vacinação”.

“Há também um maior cuidado, atenção, organização e preparação para se lidar com esta situação pandémica”, acrescentou.