Há pelo menos 24.747 pessoas infetadas, mais 3.590 face aos dados avançados no sábado, que apontavam para um total de 21.157.

A região da Lombardia, no norte do país, continua a ser, de longe, a mais afetada, com 1.218 mortes e 13.272 casos.

Nesta região, as medidas de contenção entraram em vigor há uma semana. Foram depois alargadas a todo o país, com o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, a prometer que as mesmas produziriam resultados tangíveis dentro de duas semanas.

No entanto, as autoridades da Lombardia manifestaram a sua preocupação sobre a capacidade do sistema hospitalar para responder à propagação da pandemia do Covid-19, num momento em que a região contabiliza já perto de 800 pessoas em cuidados intensivos.

"Os números continuam a subir. Em breve chegaremos ao ponto em que não teremos mais camas para cuidados intensivos", alertou hoje o governador da Lombardia, Attilio Fontana, em entrevista ao canal Sky, antes da divulgação do último boletim das autoridades.

Paralelamente, Giuseppe Conte assumiu que está a dedicar "grande atenção à situação na Lombardia" devido ao novo coronavírus e assegurou que médicos e enfermeiros vão ter material de qualidade, depois de se terem registado algumas críticas à qualidade das máscaras de proteção fornecidas para o setor.

"A nossa prioridade é permitir que médicos, enfermeiros e pessoal de saúde trabalhem com segurança, pois estão a trabalhar com coragem e abnegação para cuidar dos cidadãos. Estamos firmemente comprometidos em fornecer, dentro de um período de tempo muito curto, os dispositivos de proteção que lhes permitirão trabalhar com a maior segurança", afirmou o chefe do governo italiano.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19, foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.000 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ronda as 160 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 139 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados.