"Com efeito, tendo em conta a elevada afluência diária de utentes e por não ser possível, por esse motivo, garantir a eficácia das medidas de segurança sanitária exigidas, a suspensão do atendimento público permitirá reduzir as possibilidades de contágio, protegendo assim toda a comunidade", refere um aviso divulgado na rede social Facebook.
No aviso, a Embaixada de Portugal refere que a emissão de vistos está temporariamente suspensa a partir de hoje, "salvo casos excecionais devidamente fundamentados".
É também referido que os agendamentos feitos na secção consular serão recuperados quando houver "condições adequadas para o reatamento pleno dos serviços consulares" e que o atendimento presencial será "limitado a urgências devidamente comprovadas".
A comunidade portuguesa na Guiné-Bissau é de cerca de 2.500 pessoas.
Para fazer face a situações de urgências, as pessoas podem contactar a embaixada através do email bissau@mne.pt.
A partir de sexta-feira, a embaixada de Portugal vai disponibilizar uma linha telefónica de atendimento para assuntos consulares urgentes através do número +245 966980000, que vai funcionar nos dias úteis entre as 13:00 e as 15:30.
Para urgências inadiáveis e comprovadas, a Embaixada de Portugal mantém o seguinte número de emergência: +24596699029.
Para assuntos relacionados com o surto Covid-19, os cidadãos portugueses devem contactar a embaixada de Portugal através do email bissau@mne.pt.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros criou a linha de emergência Covid-19 para apoiar cidadãos portugueses que se encontrem transitoriamente no estrangeiro. Os portugueses podem contactar o serviço através do email covid19@mne.pt ou da linha telefónica +351 217929755 entre 09:00 e as 17:00 e o Gabinete de Emergência Consular, que funciona 24 horas por dia.
"Apelamos à compreensão, à tranquilidade e ao civismo de todos", conclui o aviso da embaixada de Portugal.
Segundo a Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau, entre terça-feira e quarta-feira mais de 150 pessoas, entre portugueses e outros cidadãos europeus e de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), pediram auxílio para sair do país.
Entre os que solicitaram auxílio para regressar aos seus países de origem estão pessoas doentes, que são prioritárias, cidadãos portugueses residentes e não-residentes na Guiné-Bissau, bem como cidadãos de outros países da União Europeia e dos PALOP.
As autoridades da Guiné-Bissau encerraram quarta-feira as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas no âmbito do combate à pandemia do novo coronavírus, com ressalva para evacuações médicas, abastecimento de medicamentos e para importações de bens alimentares de primeira necessidade.
Foram também encerrados todos os mercados a nível nacional, excetuando a venda de produtos alimentares, interditadas praias e piscinas, igrejas, mesquitas e outros locais de culto religioso às sextas-feiras, sábado e domingos.
As escolas públicas e privadas também foram encerradas, bem como bares, restaurantes e outros locais onde se pode comer e beber.
A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo e tem um sistema de saúde bastante frágil com graves carências de equipamentos e materiais.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, declarou quarta-feira o estado de emergência, que entrou hoje em vigor e que vai prolongar-se até 02 de abril.
No continente africano há 33 países afetados pela pandemia de Covid-19, que conta já quase 600 casos, entre os quais o Senegal e a Guiné-Conacri, que fazem fronteira com a Guiné-Bissau, que ainda não tem qualquer registo de casos.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.000 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.
Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, o Irão, com 1.135 mortes (17.361 casos), a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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