“A concentração de ligações aéreas em Lisboa não é do interesse da região, tendo em conta que a maioria do tráfego é apenas de ligação a outros destinos europeus, ocupando assim slots que podem ser relevantes para a operação turística”, defende Vítor Costa, citado num comunicado.
Para o presidente da ERTRL, o plano da TAP “deve ser profundamente reformulado, de forma a estabelecer ligações diretas a outros aeroportos nacionais, nomeadamente Porto, Faro e Funchal libertando assim a capacidade no aeroporto de Lisboa para tráfego de interesse turístico”.
O plano de retoma das operações da transportadora aérea foi conhecido na segunda-feira e prevê 27 voos semanais até ao final de junho e 247 no mês seguinte, sendo a maioria de Lisboa.
A companhia aérea já tem a informação disponível no seu 'site', avisando que as rotas podem vir a ser alteradas caso as circunstâncias o exijam.
Depois de anunciado o plano de retoma de voos, vários autarcas nortenhos, bem como partidos políticos, criticaram as opções da companhia aérea e exigiram que o Governo tomasse uma posição.
O Presidente da República afirmou na terça-feira à agência Lusa que "acompanha a preocupação manifestada por vários partidos políticos e autarcas relativamente ao plano de retoma de rotas da TAP, em particular no que respeita ao Porto".
Já hoje o primeiro-ministro afirmou que a Comissão Executiva da TAP tem o dever legal de "gestão prudente" e considerou que "não tem credibilidade" um plano de rotas sem prévia informação sobre a estratégia de reabertura de fronteiras de Portugal.
Estas posições foram transmitidas por António Costa à agência Lusa, em reação ao anúncio feito pela Comissão Executiva da TAP sobre o plano de retoma de rotas a partir de junho.
Também esta quarta-feira a Comunidade Intermunicipal do Algarve (AMAL) e o Turismo do Algarve contestaram o plano de retoma de atividade anunciado pela companhia área TAP para os próximos dois meses por “não servir” a região como “principal destino turístico nacional.
O plano da TAP foi igualmente criticado pelo presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, e autarcas de municípios como Gondomar, Valongo e Vila Real e por dirigentes do PS, do PCP e do BE, entre outros.
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