A rede social liderada por Mark Zuckerberg destaca que essas três áreas passam por "conectar as pessoas com informações precisas e recursos úteis", "limitar a desinformação e o conteúdo nocivo", bem como o "apoio aos especialistas globais de saúde".
Em comunicado, refere que "o foco é garantir que todos possam aceder a informações confiáveis e precisas", pelo que se, "uma pessoa pesquisar por coronavírus no Facebook ou usar uma 'hashtag' [palavra-chave] relacionada com o vírus no Instagram, verá uma janela 'pop-up' a direcionar para Direção-Geral da Saúde (DGS), que comunica as informações mais recentes".
O Facebook adianta que está a trabalhar com as autoridades de saúde e entidades como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e DGS "para ajudar a comunicar as informações mais oportunas e precisas" sobre o Covid-19.
Além disso, também "está a remover o conteúdo relacionado com alegações e teorias de conspiração que foram desacreditadas pela OMS ou por outros especialistas em saúde e que podem causar danos".
Tal refere-se a conteúdos que, se as pessoas acreditarem, podem resultar em que fiquem doentes e não recebam o tratamento devido.
Exemplos disso são falsas curas ou métodos de prevenção, informações falsas com o objetivo de desencorajar o tratamento ou sobre a transmissão e prevenção da doença, entre outros.
Além disso, a rede social "continua a trabalhar com os parceiros de 'fact-checking' [verificadores de factos] em todo o mundo, incluindo Portugal, para rever as informações sobre o coronavírus" Covid-19.
"Quando os parceiros de 'fact-checking classificam o conteúdo como falso, é diminuída a sua distribuição no feed [fluxo], para que menos pessoas vejam esse conteúdo e que exista uma probabilidade menor de viralidade. E, ainda, surge uma tela de aviso cinza com um 'link' [ligação] que mostra a classificação de veracidade dada pelo parceiro", adianta.
Relativamente às políticas de publicidade, a rede social "proíbe nas listagens de produtos ou 'e-commerce' qualquer relação ao coronavírus" e "baniu os anúncios que se referem ao coronavírus com a intenção de criar pânico ou sugerir que os seus produtos garantem uma cura ou impedem as pessoas de contrair o vírus".
Também "são temporariamente proibidos anúncios que vendem máscaras médicas".
A terceira área principal é o apoio aos especialistas globais de saúde, com o Facebook a apoiar "os principais investigadores da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard e da Universidade Nacional de Tsing Hua, Taiwan, partilhando com essas instituições dados anónimos de mobilidade globais e mapas de densidade populacional de alta resolução".
A rede social explica que "o objetivo é ajudar os investigadores a constituir os modelos de previsão da propagação do vírus como parte do programa Facebook Data for Good".
No dia 13 de março, Mark Zuckerberg anunciou uma nova campanha de angariação de fundos de 20 milhões de dólares (17,9 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) "para apoiar os esforços globais relacionados com o novo coronavírus.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal há 331 pessoas infetadas, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), e a primeira morte registou-se na segunda-feira, tratando-se de um homem de 80 anos, com "várias patologias associadas" que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.
Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
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