Em comunicado enviado à agência Lusa, esta autarquia do litoral do distrito de Coimbra afirma que vai suspender a partir de sexta-feira "a realização de eventos em equipamentos municipais, nomeadamente nos auditórios", onde se incluem o auditório do museu municipal ou os dois com 200 e mais de 800 lugares localizados no CAE (equipamento cultural para onde estava previsto, no jardim interior, o programa Jardins de Inverno, igualmente cancelado).
As medidas, tomadas na sequência de uma reunião na comunidade intermunicipal da Região de Coimbra (CIM/RC), incluem ainda a restrição de acesso às piscinas municipais, "com exceção dos praticantes profissionais", ou o encerramento de equipamentos públicos, tais como pavilhões e campos de treino - nos quais "apenas poderão decorrer atividades letivas autorizadas pelas direções de agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas do concelho" - bibliotecas, museus ou o posto de turismo, entre outros, "após análise casuística".
As medidas face à pandemia de Covid-19 incluem também a suspensão da realização de feiras "cuja abrangência não seja estritamente de cariz local" - como foi o caso da feira medieval Infante Dom Pedro, agendada para 02 a 12 de abril, e cancelada pela junta de freguesia de Buarcos, que a promove - e a "avaliação casuística da suspensão ou restrição da realização de mercados".
O rol de novas normas abrange igualmente o parque de campismo municipal, equipamento que será encerrado, com exceção do restaurante e do ginásio que ali funcionam, a proibição da cedência de autocarros da autarquia "para fins não letivos" e a minimização do licenciamento de eventos em espaços públicos.
Outras disposições incluem o incentivo à "utilização das plataformas ‘online' ou outros meios não presenciais" no contacto com os serviços municipais, o "registo de todos os cidadãos que contactem presencialmente com os serviços públicos de responsabilidade da Câmara Municipal", a sensibilização das juntas de freguesia "para incentivarem formas alternativas ao atendimento presencial" e a realização de "ações de sensibilização e esclarecimento" dirigidas a instituições sociais, coletividades e associações "com a presença dos delegados de saúde".
Na nota, o município da Figueira da Foz indica que as citadas recomendações e medidas deverão vigorar até 15 de abril, "podendo ser reavaliadas a qualquer altura tendo em atenção a alteração superveniente das circunstâncias".
Apesar das medidas tomadas a nível público, estará na cidade um espetáculo de circo, entre sexta-feira e domingo, que se irá realizar embora com restrições impostas pelo licenciamento municipal, como a limitação das sessões a um máximo de 100 pessoas, disse fonte da autarquia.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro de 2019, na China, e já provocou mais de 4.600 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
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