“Estamos a acompanhar a situação em todo o seu detalhe e particularidade, e, em coordenação com as entidades regionais, no sentido de dar a melhor resposta às solicitações”, respondeu por escrito o ministério, não quantificando, contudo, os meios humanos e materiais necessários para auxiliar o arquipélago face à pandemia do novo coronavírus.
Em 2019, a Força Aérea transportou mais de 650 doentes e resgatou 26 pessoas em alto-mar, contabilizando no total 876 horas de voo para o transporte urgente de doentes.
Também em 2019, a Força Aérea realizou 272 missões nos Açores e transportou cerca de 320 doentes, quer entre as ilhas dos Açores, quer entre a região e o continente.
Pela dimensão da região autónoma, composta por nove ilhas e com três hospitais (Faial, Terceira e São Miguel), o ministério reconhece que aquele ramo das Forças Armadas tem um “papel importante” no auxílio à população açoriana.
“A Força Aérea tem e terá sempre um papel importante no auxílio à população dos Açores e em especial para fazer face à atual situação”, destacou.
Questionado pela agência Lusa sobre a estratégia da Força Aérea para assistir o arquipélago que dista mais de 600 quilómetros entre as ilhas mais a ocidente e a oriente (Corvo e Santa Maria, respetivamente), o ministério liderado por João Gomes Cravinho assinalou que os meios irão surgir conforme a evolução do surto nos Açores.
“A intervenção da Força Aérea está integrada numa estratégia nacional. Os seus meios serão geridos em conformidade com as prioridades estabelecidas superiormente e atendendo às necessidades que vão surgindo com a evolução epidemiológica da covid-19”, apontou.
Na quinta-feira, o Governo dos Açores determinou a suspensão das ligações aéreas da transportadora SATA entre todas as ilhas da região, devido à necessidade de salvaguardar a capacidade da operadora “de continuar a oferecer ligações para transporte de carga e para casos de força maior”.
Segundo um comunicado do Governo Regional, liderado por Vasco Cordeiro, a decisão deve-se ao facto de se estar “a verificar falta de capacidade operacional para dar cumprimento às obrigações de serviço público, nomeadamente ao nível de tripulações suficientes, tendo em conta o cumprimento do período de quarentena" a que estas estão obrigadas.
Os Açores mantêm três casos de infeção pelo novo coronavírus, mas o número de pessoas em vigilância ativa mais do que duplicou, para 1.561, nas últimas 24 horas, revelou hoje a Autoridade de Saúde Regional.
Em todo o país, a Direção-Geral da Saúde elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira. O número de mortos no país subiu para seis.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.
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