Durante uma audição na comissão parlamentar de Defesa Nacional, o ministro afirmou que, pelo dados de que dispõe, “há 14 militares em quarentena, por diversos motivos” e que “oito a 10” já cumpriram as duas semanas de isolamento.

“Estamos razoavelmente protegidos, embora existam sempre motivos de preocupação”, disse o governante, informando ainda que em nenhuma das forças nacionais destacadas no estrangeiro, Iraque, Afeganistão e República Centro Africana, por exemplo, há casos de contaminação com o novo coronavírus.

Todos os partidos representados na comissão – PS, PSD, BE, PCP, CDS, PAN – puseram perguntas a João Cravinho sobre as medidas adotadas pelo Ministério da Defesa Nacional para proteger os militares e a resposta a dar em caso de contaminação.

Cravinho garantiu que, nestes cenários, não há “indicação de qualquer risco acrescido em matéria sanitária” e até gracejou que “é difícil encontrar local mais seguro” do que o submarino Tridente, que regressa à base do Alfeite na quarta-feira “depois de dois meses debaixo de água”.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.

Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do País, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.