Obrigatório desde o final de junho no acesso a locais culturais e recreativos, como cinemas, salas de concertos e parques temáticos, a obrigatoriedade da apresentação de um código QR com um calendário de vacinação completo, um teste Covid-19 negativo ou a recuperação certificada da doença é estendida em França a restaurantes, viagens de longa distância ou mesmo aos hospitais.
A partir de agora, “um teste negativo será válido durante 72 horas e não 48 horas para pessoas não vacinadas”, disse o ministro na entrevista concedida ao jornal Le Parisien.
De acordo com estimativas do Ministério francês da Administração Interna 237.000 pessoas saíram hoje à rua em várias cidades em toda a França, pelo quarto fim de semana consecutivo, em protesto contra a imposição do certificado de saúde.
Outro dos exemplos de “flexibilização” avançados por Véran diz respeito à possibilidade de as pessoas virem a “realizar autotestes supervisionados por um profissional de saúde, para além dos testes rápidos de antigénio e PCR. Também estes testes serão válidos por 72 horas”.
O certificado não será necessário para uma visita a um médico de clínica geral, disse o ministro. Em contrapartida, “será necessário nos hospitais, mas, em caso algum, deve ser um obstáculo ao acesso a cuidados úteis e urgentes”, afirma ainda.
O alargamento da imposição dos certificados de saúde Covid-19 recebeu “luz verde” do Tribunal Constitucional francês na quinta-feira.
França regista diariamente mais de 21.000 novos casos confirmados de contaminação pelo vírus SARS-CoV-2, numa pronunciada tendência de subida desde há um mês, e mais de 112.000 pessoas já morreram por causas associadas à Covid-19. Cerca de 66% da população francesa recebeu, pelo menos, uma dose de vacina contra a Covid-19.
Mais de 36 milhões de pessoas em França - cerca de 54% da população - estão totalmente vacinadas. Pelo menos sete milhões de pessoas receberam a primeira dose da vacina depois da imposição do certificado Covid-19, anunciado por Macron em 12 de julho.
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