"Acho que nesta altura ainda será prematuro adiantar alguma coisa, mas gostava de dizer que houve aqui vontade de parte a parte de continuarmos a conversar, a trabalhar e a termos a capacidade de responder a esta situação", afirmou o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital aos jornalistas, no final de uma reunião com empresas do setor.

No final do encontro, pedido pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e que teve lugar no Ministério da Economia, em Lisboa, Pedro Siza Vieira referiu ainda que os apoios ao Turismo são um tema a ser trabalhado diariamente e não numa altura específica.

"Isto é para estarmos a trabalhar todos os dias, para responder a uma questão que obviamente preocupa empresas, trabalhadores, mas que merece toda a atenção do Estado", garantiu o governante.

Segundo Pedro Siza Vieira, "as preocupações essenciais" prendem-se com "a preservação do emprego e com a situação de tesouraria das empresas".

"Não há receitas nos próximos tempos e, portanto, é necessário continuar a fazer face às obrigações no pagamento de salários e outras necessidades", disse o ministro.

O ministro colocou ainda em vista a possível retoma futura do setor, dizendo que quando surgir "vai ser necessário que as empresas estejam preparadas para responder" a maior solicitação.

O governante relembrou ainda a linha de apoio, de 2 mil milhões de euros, à tesouraria das empresas afetadas pela epidemia do novo coronavírus, um apoio que considerou "muito importante".

No final da reunião, o presidente da CTP, Francisco Calheiros, declarou que "a grande preocupação que as empresas de uma forma transversal apresentaram é a manutenção dos postos de trabalho".

"Se amanhã houver necessidade de trabalharmos noutro tipo de apoios ou de haver reuniões de urgência para colmatar as dificuldades que entretanto forem aparecendo, o Governo está completamente disponível para isso, e é isso que nós pretendemos", disse o presidente da CTP.

Francisco Calheiros observou que o setor esteve a sensibilizar o Governo de que "é urgente que essas medidas cheguem às empresas, mas que cheguem mesmo, e não fiquem no papel".

O responsável do setor turístico também se referiu à futura retoma do setor, esperando que aconteça já no verão, e que nessa altura "a oferta esteja instalada para poder satisfazer a procura que Portugal sempre teve" a nível turístico.

A reunião de hoje no Ministério da Economia contou com presidentes de associações de viagens, hotéis, restauração, aluguer de veículos e ainda com o presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, e com a ANA - Aeroportos de Portugal, representada pelo presidente do Conselho de Administração, José Luís Arnaut.

Na sequência do surto de Covid-19, a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) foi adiada para os dias 27 a 31 de maio, após as entidades públicas de turismo e várias associações do setor terem cancelado a sua participação no evento.

Já a TAP decidiu cancelar mais 2.500 voos nos “próximos meses” para fazer face às "quebras nas reservas" devido ao coronavírus Covid-19, totalizando assim os 3.500, depois de anunciar 1.000 cancelamentos na semana passada, segundo um comunicado de segunda-feira.

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