“Recebemos 440 vacinas para iniciar a vacinação em grupos de maior risco (definidos centralmente, como se sabe, para ser semelhante entre todas as instituições). O que significa profissionais [de saúde] que estão na linha da frente na resposta à pandemia: Serviço de Urgência, Cuidados Intensivos, serviços de internamento covid-19, mas também profissionais do laboratório e da farmácia, entre outros”, esclarece a USLM.

Em nota enviada à agência Lusa, a unidade hospitalar diz que as primeiras vacinas começam a ser administradas a partir das 14:00, prosseguindo a vacinação na quarta-feira.

“Serão vacinados cinco profissionais por hora e por posto. Teremos seis postos a funcionar durante a tarde de terça [feira] e todo o dia de quarta-feira, nas salas de formação (três em cada sala), ficando todos os vacinados no auditório durante 20 minutos após a vacinação”, explica a USLM.

Neste auditório, os profissionais já vacinados terão a oportunidade de “visualizar um vídeo sobre o SIRAI - Sistema de Informação de Reações Adversas e Incidentes, que a ULSM desenvolveu em parceria com a Unidade de Farmacovigilância do Porto” e que permite “comunicar diretamente” as notificações da unidade hospitalar ao Infarmed - Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde.

Este sistema “está a funcionar desde janeiro de 2019”.

“Os profissionais que irão ser vacinados foram contactados por telefone para confirmar a sua disponibilidade e fazer o agendamento. A segunda dose fica já agendada para 21 dias depois”.

Os restantes profissionais de saúde “serão vacinados no espaço de um a dois meses”, acrescenta o Hospital Pedro Hispano/Unidade de Saúde Local de Matosinhos.

Portugal entrou hoje no terceiro dia da campanha de vacinação contra a covid-19, que arrancou no domingo nos centros hospitalares universitários do Porto, de Coimbra, de Lisboa Norte e de Lisboa Central.

O plano prevê que sejam vacinados até abril cerca de 950 mil pessoas dos grupos prioritários definidos pelo grupo de trabalho: pessoas com mais de 50 anos com doenças associadas, utentes e trabalhadores de lares e profissionais de saúde e de serviços essenciais.

A primeira fase de vacinação prolonga-se até final de março de 2021, tem prevista a chegada de 1,2 milhões de doses de uma vacina que é facultativa, gratuita e universal, sendo assegurada pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS).