O presidente da AHETA, Elidérico Viegas, disse à agência Lusa que “2020 foi o pior ano de sempre para o turismo algarvio, com a quebra a verificar-se em todos os mercados emissores de turistas”.
“Não há memória de um ano assim tão mau, onde a procura externa registou quebras globais de 75% e o volume de negócios caiu cerca de 900 milhões de euros, pelo efeito da pandemia provocada pelo novo coronavírus que começou a afetar o setor do turismo a partir do mês de março de 2020”, indicou o responsável.
De acordo com os dados avançados pela associação, no resumo da evolução mensal da atividade no setor, as cerca de 80 unidades de alojamento que se mantiveram em funcionamento em dezembro na região registaram uma quebra de 60,7% comparativamente com o mesmo período de 2019.
Segundo a AHETA, os mercados que mais contribuíram para a descida foram o holandês com menos 83,3% de turistas, seguido do britânico (-79,6%), alemão (-58,4%) e o mercado nacional (-37%).
Em dezembro, o volume de vendas acompanhou a descida na ocupação, registando uma quebra de 62,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior.
A ocupação cama registou em valores acumulados desde janeiro de 2020, uma descida média de 56,8% e o volume de vendas uma descida de 58,5% face ao período homólogo de 2019.
De acordo com os dados da associação, em termos acumulados durante o ano de 2020, verificaram-se menos 15,3 milhões de dormidas nas mais de 400 unidades de alojamento classificadas oficialmente no Algarve, tendo o volume de negócios registado uma quebra de mais de 800 milhões de euros.
Em 2020, a procura externa caiu 75,1%, o que representa menos 14,2 milhões de dormidas e menos 3,2 milhões de hóspedes, tendo a procura interna descido 21,2% (menos 1,1 milhões de dormidas e menos 280 mil hóspedes).
No Algarve, a maioria das unidades de alojamento encerraram em março, tendo 85% dos hotéis reaberto no início de julho e apenas 20% se mantiveram a funcionar no mês de dezembro devido à pandemia da covid-19.
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