Segundo Giuseppe Conte, as medidas permitirão “enfrentar a nova vaga de contágios que atinge severamente a Itália e a Europa”.
“Não podemos perder tempo. Temos de adotar as medidas para evitar um novo confinamento generalizado, que pode colocar gravemente em perigo a economia”, justificou o chefe do Governo italiano, numa conferência de imprensa, no Palácio Chigi, sede do Governo, em Roma.
O princípio é limitar ao máximo os ajuntamentos, propícios à transmissão da infeção da covid-19, tanto em espaços públicos como privados.
Os restaurantes, que terão de indicar no exterior a sua lotação máxima, só podem ter seis pessoas por mesa e devem fechar o mais tardar à meia-noite, enquanto os bares às 18:00 se não tiverem serviço de mesa.
O regime de teletrabalho deve ser estendido a 75% dos funcionários do setor público, uma regra recomendada às empresas privadas. As reuniões de trabalho devem ser feitas preferencialmente por videoconferência.
O teletrabalho permitirá reduzir a pressão sobre os transportes públicos, que devem limitar a sua lotação, especialmente nas horas de ponta, para salvaguardar o devido distanciamento físico entre passageiros.
O ensino à distância será privilegiado, mas, quando presencial, as entradas e saídas dos alunos das escolas devem ser feitas de forma a evitar aglomerações.
Os festivais e feiras locais, que representam 34 mil empregos e 900 milhões de euros de faturação anual, passam a estar interditos, tal como os desportos coletivos amadores.
Os presidentes dos municípios podem encerrar, a partir das 21:00, ruas ou lugares onde se poderão formar multidões.
Itália registou 11.705 novos casos de infeção da covid-19 nas últimas 24 horas, quase mais 800 do que no sábado, o que representa o maior aumento desde o início da pandemia, de acordo com dados hoje divulgados pelas autoridades de saúde.
Primeiro país europeu atingido pela pandemia, a Itália contabiliza 36.543 mortes entre os mais de 414.000 casos confirmados de infeção.
Desde 07 de outubro que o uso de máscara no exterior é obrigatório, arriscando os prevaricadores a uma multa que pode chegar aos mil euros. O estado de emergência no país foi prolongado até 31 de janeiro.
A pandemia da covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e quase 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (43.646 mortos, mais de 722 mil casos), seguindo-se Itália (36.543 mortos, mais de 414 mil casos), Espanha (33.775 mortos, mais de 936 mil casos) e França (33.392 mortos, mais de 867 mil casos).
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