A Agência sublinhou o caráter preventivo da medida e que nenhuma relação causal foi estabelecida até o momento entre a administração da vacina AstraZeneca e certas reações graves observadas em pessoas vacinadas.

A Áustria anunciou no domingo ter interrompido a administração de um lote de vacinas produzidas pelo laboratório anglo-sueco após a morte de uma enfermeira de 49 anos que sucumbiu a "sérios problemas de coagulação" poucos dias depois de ter recebido a vacina.

Segundo a AIFA, o lote da vacina AstraZeneca interditado em Itália é diferente do suspeito na Áustria, de um milhão de doses, disponibilizado em 17 países.

Estónia, Lituânia, Letónia e Luxemburgo suspenderam depois a vacinação com doses provenientes do mesmo lote, entregue em 17 países e que incluía um milhão de vacinas.

Na quarta-feira, um inquérito preliminar da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) não identificou qualquer relação entre a vacina deste laboratório e a morte ocorrida na Áustria.

Entretanto, Dinamarca, Islândia e Noruega anunciaram hoje a suspensão do uso da vacina AstraZeneca.

A suspensão da vacinação com 4.200 doses de AstraZeneca do mesmo lote suspenso na Itália foi também hoje anunciada pela Roménia.

O Governo francês anunciou hoje que vai continuar a administrar a vacina AstraZeneca, apesar de receber menos doses do que seria de esperar.

"Segundo a Agência Nacional de Segurança do Medicamento, que segue as recomendações da Agência Europeia do Medicamento, não há razão para suspender a vacinação com Astrazeneca", afirmou o ministro da Saúde, Olivier Véran, em conferência de imprensa.

Em Portugal, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) garantiu hoje que os benefícios da vacina da AstraZeneca contra a covid-19 continuam a ser superiores ao risco e manteve as recomendações para a sua utilização.

"Os benefícios da utilização da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca mantêm-se superiores ao risco, não havendo qualquer alteração às recomendações sobre a sua utilização", adiantou o regulador português.

Os resultados preliminares "sugerem não existir uma relação causal entre a administração desta vacina e estes eventos", adiantou o Infarmed em comunicado, ao assegurar que, em conjunto com a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês), continuará a acompanhar a situação e a atualizar a informação quando necessário.

Há atualmente 24.858 pessoas internadas nos hospitais de todo o país devido ao vírus e 3.992 desses pacientes estão nos cuidados intensivos, um aumento de 74 pessoas face à véspera.

Morreram nas últimas 24 horas 265 pessoas e o número total de óbitos devido à pandemia é de 89.830.