Segundo o Instituto Superior de Saúde italiano, a variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, identificada como mais transmissível e mais resistente, foi detetada em 69,2% dos casos de infeção analisados no país nos últimos 45 dias.
Esta variante, inicialmente detetada na Índia e que atualmente é predominante em diversos países, nomeadamente em Portugal, está presente em todas as regiões italianas e regista uma maior prevalência na faixa etária entre os 10 e os 29 anos.
Com os novos contágios, o país totaliza, até à data, 4.383.787 casos de pessoas que ficaram infetadas com o novo coronavírus, de acordo com o boletim informativo do Ministério da Saúde italiano.
O número total de mortes atribuídas à doença covid-19 no território italiano desde o início da crise pandémica, em fevereiro de 2020, situa-se agora nos 128.187, segundo a mesma fonte.
Nas últimas semanas, o país tem verificado uma tendência de crescimento das infeções e isso também tem reflexo na pressão exercida sobre os serviços de saúde.
Nos hospitais italianos estão internados em enfermarias 2.449 doentes covid-19, mais 40 em relação à véspera, e 277 pacientes encontram-se em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais nove em comparação ao dia anterior.
A campanha de vacinação em Itália continua e foram administradas, até à data, 70,5 milhões de doses em todo o país.
Mais de 33,7 milhões de pessoas já têm o processo de imunização completo contra a doença covid-19, número que representa 62,55% da população do país com mais de 12 anos de idade.
A partir de hoje, é obrigatório em Itália apresentar o certificado digital covid-19 para ter acesso a várias atividades como, por exemplo, comer no interior de um restaurante, ir ao cinema ou a um museu ou praticar atividades desportivas em ambientes fechados.
A medida será também ampliada, a curto prazo, ao setor da educação (nomeadamente aos docentes) e aos transportes de longo curso, segundo novas diretrizes do Governo italiano.
Espanha com 21.561 contágios, 75 óbitos e incidência acumulada a descer
Já em Espanha registaram-se 21.561 novos casos da doença de covid-19 e 75 óbitos nas últimas 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde espanhol, que apontam igualmente que a incidência acumulada de infeções no país continua a descer.
Com estes dados, o total acumulado de infeções em Espanha desde o início da pandemia subiu para 4.588.132, enquanto o número de óbitos aumentou para 82.006, dos quais 363 foram notificados desde segunda-feira.
A incidência acumulada de infeções de covid-19 em Espanha nos últimos 14 dias voltou a descer, situando-se agora nos 591,1 casos por cada 100 mil habitantes, de acordo com a mesma fonte.
Só três comunidades do país - Baleares, La Rioja e Navarra - apresentam índices superiores a 700 casos por cada 100 mil habitantes.
Esta tendência de decréscimo ainda não está a ter efeitos na pressão exercida sobre os hospitais espanhóis, nomeadamente nas unidades de cuidados intensivos (UCI), que permanecem numa situação de alto risco (20,8% de ocupação a nível nacional).
Os dados divulgados hoje apontam para 1.928 doentes em UCI (mais três em relação à véspera) e 10.015 pacientes em serviços de enfermaria (mais 14 em comparação ao dia anterior).
Um estudo do IMSERSO (Instituto de Mayores y Servicios Sociales), entidade gestora da Segurança Social/Ministério do Trabalho e Assuntos Sociais de Espanha, citado hoje pela agência espanhola EFE, indicou que os efeitos da atual vaga de covid-19 nas residências seniores e lares espanhóis agravaram na última semana.
O relatório, atualizado semanalmente desde março passado, referiu que entre 26 de julho e 1 de agosto os óbitos nestas instituições quase duplicaram, de 37 (na semana anterior) para 71 vítimas mortais, e as infeções continuaram a aumentar, embora num ritmo mais lento, com o registo de 1.150 novos casos.
O IMSERSO realçou, porém, que o efeito da vacinação em massa nestas instituições é notório ao nível da mortalidade, que era de 20,09% no início da pandemia e que passou para 6,37% desde que o processo de imunização foi concluído nas residências seniores e nos lares.
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