“Agora, parece haver uma tendência decrescente, que esperamos se mantenha”, disse o secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, em conferência de imprensa, no Funchal, sublinhando que a descida “é fruto das medidas restritivas” decretadas pelo executivo.
Na Região Autónoma da Madeira está em vigor o recolher obrigatório entre as 19:00 e as 05:00 durante a semana e entre 18:00 e as 05:00 aos fins de semana, sendo que todas as atividades de natureza industrial, comercial e de serviços encerram às 18:00 nos dias úteis e às 17:00 no sábado e no domingo.
Além destas medidas, que vigoram pelo menos até 31 de janeiro, o Governo Regional suspendeu as aulas presenciais no 3.º ciclo e no secundário, mantendo em atividade normal os restantes níveis de ensino.
“O objetivo é reduzir a circulação”, disse Pedro Ramos, alertando, no entanto, para o “índice de transmissibilidade aumentado” das variantes do vírus do Reino Unido, Brasil e África do Sul.
O governante relembrou as orientações impostas aos passageiros desembarcados no arquipélago, tendo em conta o eventual regresso dos estudantes madeirenses, devido ao encerramento das universidades no continente.
“Os estudantes, tal como estava previsto, vão fazer teste à chegada à Madeira e vão manter-se em isolamento profilático até à realização do segundo teste [entre o quinto e o sétimo dia], só ficando com alta após o resultado negativo do segundo teste”, indicou.
Desde o dia 01 de julho de 2020, todos os passageiros que desembarcam na região autónoma devem apresentar um teste PCR negativo para covid-19 realizado até 72 horas antes da viagem ou, então, devem efetuá-lo à chegada.
Por outro lado, o executivo regional estabeleceu contrato com seis laboratórios no continente, num total de 34 postos de colheita, que realizaram 55 mil testes desde 01 de julho de 2020, com 414 casos positivos.
“Queremos manter uma tendência decrescente de casos”, disse Pedro Ramos, sublinhando a necessidade da adoção de “comportamentos adequados”, evitando os ajuntamentos e mantendo as medidas básicas de proteção.
E reforçou: “Os nossos jovens têm de ser os principais aliados nesta luta, de forma a protegermos os mais vulneráveis e o Serviço Regional de Saúde”.
De acordo com os dados mais recentes, o arquipélago da Madeira, com cerca de 260 mil habitantes, regista 1.885 infeções ativas, com 73 pessoas hospitalizadas, e 34 óbitos associados à doença.
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