O levantamento indicou que 58% dos brasileiros consideram que o líder brasileiro “age mais para atrapalhar do que para ajudar” na campanha de imunização contra a covid-19 das crianças de 5 a 11 anos.
Outros 25% acham que o Presidente, que nega a gravidade da pandemia de covid-19, censura o uso da máscara e questiona a eficácia das vacinas, mais ajuda do que atrapalha, enquanto 14% não souberam ou não quiseram responder.
De acordo com esta sondagem, 79% dos entrevistados são favoráveis à proteção das crianças contra o coronavírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, enquanto 17% se opõem e 4% não comentaram.
O Datafolha entrevistou 2.023 pessoas com 16 anos ou mais entre 12 e 13 de janeiro para obter os resultados da sondagem, que tem margem de erro de dois pontos e foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.
A vacinação de crianças contra a covid-19 começou no Brasil um mês após a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e apesar da resistência do Governo Bolsonaro.
O chefe de Estado brasileiro opôs-se frontalmente à imunização desse grupo populacional e minimizou o número de mortes de crianças associadas à doença covid-19, que o próprio Ministério da Saúde estima em pelo menos 311 desde o início da pandemia.
Apesar da posição do Presidente, o Governo brasileiro incluiu as crianças no programa nacional de imunização contra a covid-19, numa altura em que o vírus volta a acelerar no país devido à rápida expansão da variante Ómicron.
O Brasil é, juntamente com Estados Unidos e Índia, um dos países mais afetados pelo coronavírus, com 621 mil mortes e 23 milhões de infetados.
Até ao momento, quase 70% dos 213 milhões de brasileiros completaram o ciclo vacinal.
A covid-19 provocou 5.519.380 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.
Comentários