Segundo o boletim epidemiológico hoje publicado, Portugal regista 657 óbitos (mais 28 casos face a esta quinta-feira) por covid-19 e um total de casos confirmados que ascende a 19.022 casos (mais 181 novos casos em comparação com o dia anterior — sendo aliás o menor aumento em 24 horas desde 20 de março).

Na caracterização dos óbitos, registam-se 8 em idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos, 18 entre os 50 e os 59 anos, 61 entre os 60 e os 69 anos, 137 entre os 70 e os 79 anos e 433 com 80 ou mais anos. A taxa de letalidade situa-se nos 3,45%.

O número de casos recuperados aumentou de 493 para 519 (mais 26 casos).

No total registaram-se até hoje 158.940 casos suspeitos, dos quais 135.113 não confirmados.

Há ainda 4.805 casos a aguardar resultado laboratorial e 25.456 casos em contacto de vigilância.

No total registam-se atualmente 1.284 casos de pessoas internadas, 222 das quais nos cuidados intensivo.

Isto representa uma nova diminuição no número de internados (menos 18 pessoas, descida de 1%) e de internados na UCI (menos 7 pessoas, descida de 3%).

Os principais sintomas são febre (38%), tosse (53%), dificuldade respiratória (16%), cefaleia (25%), dores musculares (27%) e fraqueza generalizada (21%).

A região mais afetada é a do Norte com 11.324 casos confirmados e 377 óbitos, a região de Lisboa e Vale do Tejo com 4302 casos e 119 óbitos; a região Centro com 2778 casos confirmados e 148 óbitos, o Algarve com 305 casos e 9 óbitos; Alentejo com 158 casos e sem óbitos a registar. Nas regiões autónomas, registam-se 102 casos nos Açores e 4 óbitos, e 53 casos na Madeira sem óbitos a registar.

Os concelhos com maior número de casos são Lisboa (1020), Porto (1017), Vila Nova de Gaia (972) e Matosinhos (845).

Os primeiros casos confirmados em Portugal foram registados no dia 2 de março de 2020.

A 17 de março, o Governo declarou o estado de calamidade pública no concelho de Ovar, que a partir do dia seguinte ficou sujeito a cerco sanitário com controlo de fronteiras e suspensão de toda a atividade empresarial não afeta a bens de primeira necessidade. A medida foi, entretanto, prolongada até hoje, 17 de abril. O país está desde as 00:00 de 19 de março em estado de emergência até dia 2 de maio.

Novo coronavírus SARS-CoV-2

A Covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.

A maioria das pessoas infetadas apresentam sintomas de infeção respiratória aguda ligeiros a moderados, sendo eles febre (com temperaturas superiores a 37,5ºC), tosse e dificuldade respiratória (falta de ar).

Em casos mais graves pode causar pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos, e eventual morte. Contudo, a maioria dos casos recupera sem sequelas. A doença pode durar até cinco semanas.

Considera-se atualmente uma pessoa curada quando apresentar dois testes diagnósticos consecutivos negativos. Os testes são realizados com intervalos de 2 a 4 dias, até haver resultados negativos. A duração depende de cada doente, do seu sistema imunitário e de haver ou não doenças crónicas associadas, que alteram o nível de risco.

A covid-19 transmite-se por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, ou superfícies e objetos contaminados.

Quando tossimos ou espirramos libertamos gotículas pelo nariz ou boca que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo. Estas gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada. Por sua vez, outras pessoas podem infetar-se ao tocar nestes objetos ou superfícies e depois tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos.

Estima-se que o período de incubação da doença (tempo decorrido desde a exposição ao vírus até ao aparecimento de sintomas) seja entre 2 e 14 dias. A transmissão por pessoas assintomáticas (sem sintomas) ainda está a ser investigada.

Vários laboratórios no mundo procuram atualmente uma vacina ou tratamento para a covid-19, sendo que atualmente o tratamento para a infeção é dirigido aos sinais e sintomas que os doentes apresentam.

Onde posso consultar informação oficial?

A DGS criou para o efeito vários sites onde concentra toda a informação atualizada e onde pode acompanhar a evolução da infeção em Portugal e no mundo. Pode ainda consultar as medidas de segurança recomendadas e esclarecer dúvidas sobre a doença.

Quem suspeitar estar infetado ou tiver sintomas em Portugal - que incluem febre, dores no corpo e cansaço - deve contactar a linha SNS24 através do número 808 24 24 24 para ser direcionado pelos profissionais de saúde. Não se dirija aos serviços de urgência, pede a Direção-Geral da Saúde.