Citando dados que constam no relatório das "linhas vermelhas" de dia 9, o  jornal Público escreve hoje que cerca de 26% dos contactos de infetados não foram rastreados.

O diário salienta que desde que os dados começaram a ser revelados semanalmente (início de abril) que nunca foi tão difícil conseguir isolar ou rastrear pessoas infetadas.

No primeiro relatório, uma média de 121 profissionais conseguiu diariamente rastrear e isolar 91,5% dos contatos de pessoas infetadas em 24 horas. Por seu turno, no último, mesmo com número médio de profissionais envolvidos no rastreamento mais elevado (336 profissionais) os índices desceram.

"Estamos a assistir a uma assimetria entre a capacidade [de rastrear] e as necessidades. Apesar de haver algum reforço de meios, se aumentar muito a incidência, não conseguimos cumprir. Os recursos que tardiamente foram mobilizados no início do ano foram desmobilizados, e bem, quando a situação acalmou, mas perante este aumento de número de casos era fundamental que uma nova mobilização se fizesse de forma mais ágil", justifica o presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, Ricardo Mexia.