Setenta e três mil quatrocentas e quarenta e cinco mensagens. Este é o número total de SMS que ficaram sem respostas, mais de um terço de todas as 188.869 mensagens escritas a convocar para a vacinação contra a covid-19, noticia esta sexta-feira o Público que cita os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS).
Em termos percentuais, a taxa de não resposta a estas SMS é de 37%. Este número tem vindo a melhorar, à medida que o plano passa a abranger pessoas mais jovens, tendo sido já maior pelo facto de muitos idosos, um dos grupos prioritários é o da população com mais de 80 anos, ou não ter acesso ao telemóvel ou não saber responder.
Apesar dos SPMS sublinharem que as mensagens escritas enviadas por telemóvel são apenas o primeiro método de contacto, não final, uma vez que os centros de saúde podem convocar os utentes por outras vidas, a falta de respostas às SMS sobrecarregam pessoal médico e administrativo. A situação tem levado a que várias Juntas de Freguesa e Câmaras Municipais fossem para o terreno fazer a convocatória porta a porta, sobretudo quando não há contactos ou estes se encontram desatualizados.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo, num projeto-piloto, a Administração Regional de Saúde libertou os centros de saúde desta tarefa ao fornecer à autarquia de Cascais a listagens de quatro mil idosos, com ou mais de 80 anos, que não foi possível contactar.
Em resposta a este problema, Marcelo Rebelo Sousa incluiu na última proposta de decreto do estado de emergência a sugestão para que o Governo estenda a autorização do “tratamento de dados pessoais, na medida do estritamente indispensável, para a concretização de contactos para vacinação, entre os serviços de saúde e os serviços municipais ou das freguesias”.
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