“Em Lorvão, não é necessário montar tendas! Em Lorvão, já temos um hospital vazio à espera que lhe deem uso. E depois do COVID-19 pode continuar como unidade de cuidados continuados”, sugere o M+SHL em comunicado.
O movimento afirma que, “enquanto a angústia percorre a sociedade portuguesa sobre o risco de rutura de recursos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), as instalações do ex-Hospital Psiquiátrico de Lorvão, atualmente à responsabilidade da administração do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra, estão às moscas”.
“Um espaço alargado, um potencial enorme de separação ou isolamento por tipos de patologia, proximidade a vias rodoviárias principais do país [designadamente o IP3], distância sanitária segura relativamente a potenciais focos insalubres, inserção na natureza, com paisagem beneficiadora de recobros”, são, entre outras, algumas das vantagens realçadas.
O Movimento + Saúde para o Hospital de Lorvão foi criado em Penacova, distrito de Coimbra, para defender a “reconversão das antigas instalações do Hospital Psiquiátrico de Lorvão e sua integração na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados”.
Em 2019, na sequência de uma petição com milhares de assinaturas, Assembleia da República aprovou uma recomendação ao Governo nesse sentido.
“A tal recomendação, este Governo, com as mesmas personagens do anterior, fez orelhas moucas, apesar de a resposta pública às necessidade de cuidados continuados ser calamitosa, com a agravante de colocar uma pressão perturbadora sobre todo o SNS, a começar pela gestão de altas nos hospitais”, lamenta o movimento.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou no domingo o número de casos de infeção confirmados para 245, mais 76 do que os registados no sábado.
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