“É compreensível querer comemorar, mas o vírus espalha-se a menos que os participantes dessas comemorações estejam vacinados, tenham sido testados e sejam uma população de baixo risco”, assinalou em conferência de imprensa o diretor de Emergências de Saúde da OMS, Mike Ryan.

O especialista irlandês frisou que, apesar de terem sido aplicadas medidas restritivas rigorosas nos estádios, este tipo de concentrações não consegue ser controlada em muitos dos casos e, portanto, representam um risco maior.

Ryan disse ainda que as celebrações na Europa podem ser um “problema de imagem”, porque existe o risco de que noutras partes do mundo transmitam a impressão de que a crise sanitária acabou, numa altura em que as infeções e as mortes continuam a aumentar.

“O resto do mundo vê como colapsam os seus sistemas de saúde, enquanto na Europa parecer que a vida regressou à normalidade. É mais difícil para os governos, nesta situação, continuarem a implementar medidas de saúde pública”, alertou.

Horas antes, a chefe da Unidade Técnica da OMS para a Covid-19, Maria Van Kerkhove, qualificou nas redes sociais o quão “devastadoras” são as imagens de grandes celebrações nas ruas, protagonizadas por muitos jovens, a maioria certamente ainda não vacinados, e que não usavam máscaras.

Num contexto de aumento de casos na maioria dos continentes “isto é muito preocupante”, alertou a especialista na conferência de imprensa, e pediu aos cidadãos para que “atuem de forma correta e tenham em conta os riscos”.

No domingo, a Itália conquistou o seu segundo título de campeã europeia de futebol, 53 anos depois, sucedendo a Portugal, ao bater a anfitriã Inglaterra por 3-2, nas grandes penalidades, após 1-1 nos 120 minutos, na final do Euro2020, em Londres.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.035.567 mortos em todo o mundo, entre mais de 186,7 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.164 pessoas e foram registados 909.756 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.

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