"É essencial manter e promover mais as plataformas para ensaios clínicos de grande dimensão em todo o mundo", defendeu o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, na abertura dos dois dias de reuniões por videoconferência.

O fórum global de investigação realiza-se 15 meses depois da primeira edição, com cinco vezes mais participantes do que em fevereiro de 2020.

A diretora do Plano de Ação para a Investigação e Desenvolvimento, Ana María Henao-Restrepo, assinalou que apesar de ter aumentado o conhecimento e os recursos para combater a covid-19, "a pandemia ainda não acabou", defendendo que em futuras pandemias os ensaios clínicos sejam mais transparentes e se comece logo a pensar como aumentar a capacidade de fabrico.

O diretor-geral destacou o aparecimento de novas variantes, o relaxamento "demasiado rápido" de medidas de saúde pública e as desigualdades no acesso global a vacinas como fatores de preocupação numa situação pandémica que "continua grave", apesar de duas semanas de descida do número de casos no mundo.

Cientistas indianos apontaram a realização de uma campanha eleitoral e a participação de centenas de milhares ou mesmo milhões de pessoas cerimónias religiosas como fatores que contribuíram para aumentar a transmissão do coronavírus SARS-CoV-2, responsável por números recorde de contágio e mortes atribuídas à covid-19 no país.

O subdiretor do regulador norte-americano dos medicamentos, Philip Krause, acusou de falta de transparência o setor farmacêutico, afirmando que "nem todos os fabricantes de vacinas foram transparentes na informação sobre eficácia e segurança" dos seus produtos.

Krause também exigiu que ensaios futuros analisem variantes do vírus que não foram suficientemente abrangidas pela investigação em vacinas, bem como os efeitos de intervalos maiores entre doses de vacinas.

Representantes de doentes que tiveram covid-19 pediram à OMS que se investigue mais o chamado "síndrome pós-covid", uma vez que muitas pessoas dadas como recuperadas continuam com sintomas que as impedem de voltar a uma vida normal.

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