O anúncio de Miguel Guimarães foi feito na sessão de encerramento do Congresso Nacional da Ordem dos Médicos, que decorreu no fim de semana, em Lisboa.
“Decidi publicar em Diário da República um louvor público a todos os médicos. Acho que este é o momento certo e a Ordem dos Médicos irá fazê-lo, não só pelo trabalho realizado durante a pandemia, mas também por estarem envolvidos num dos maiores esforços nacionais de que há memória: o de continuar a lutar por mais e melhor acesso à saúde para todos os portugueses e até resgatar os doentes que ficaram para trás, o que já está a acontecer em hospitais e ao nível dos cuidados de saúde primários”, disse.
O bastonário defendeu ainda “novas políticas que acompanhem as necessidades de saúde da população e valorizem de forma inequívoca os médicos e os restantes profissionais de saúde”.
Também o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, recordou nesta cerimónia o papel dos médicos no combate à pandemia de covid-19.
“Somos todos testemunhas recentes do passado recente em que todas as nossas certezas e convicções foram postas à prova. Se é verdade que a pandemia mostrou que o futuro pode ser imprevisível, também confirmou quão importantes são a organizações e o planeamento, ancorados no saber, competência e atitude, e como o ser humano tem um inexcedível poder de adaptação”, afirmou.
“Os médicos são um pilar fundamental do sistema e do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, referiu, indicando que os portugueses confiam na “competência” dos médicos portugueses.
E prosseguiu: “Os portugueses confiam na vossa competência, na vossa dedicação, como os tempos mais recentes o demonstraram. Este é o tempo do diálogo, da transparência e do compromisso”.
Além de agradecer a forma como os médicos se têm entregado à sua missão, António Lacerda Sales garantiu que o Governo, consciente do “muito que há a fazer”, tem “uma estratégia” para tal.
Com o tema “Cenários para 2040 – A medicina no tempo pós-covid-19”, o encontro decorreu na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa e juntou especialistas de diversas áreas que discutiram o que se aprendeu com a pandemia, as macrotendências até 2040, a necessidade de redesenhar os serviços de saúde para melhorar o acesso e a prestação de cuidados e a transformação digital da saúde.
Neste encontro foram homenageados o neurocientista António Damásio e a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.
Portugal registou, entre 22 e 28 de março, 70.111 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2, 148 mortes associadas à covid-19 e um ligeiro aumento de doentes internados, revelou, esta sexta-feira, Direção-Geral da Saúde (DGS).
Segundo o boletim epidemiológico semanal da DGS, o número de casos confirmados de infeção desceu 5.169 em relação à semana anterior, registando-se, no entanto, um aumento de oito mortes na comparação entre os dois períodos.
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