O ministro da Saúde, Hugo de Jonge, seguiu a recomendação do Conselho de Saúde, que preconizava o início da vacinação pediátrica com a Pfizer em crianças com maior risco de saúde, para que a campanha infantil comece daqui a duas semanas, embora com dose menor do que o utilizado em adultos, de acordo com as indicações da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
O conselho concluiu que, embora a maioria das crianças não apresentem sintomas de covid-19 ou apresentem apenas queixas leves da doença, algumas podem desenvolver sintomas graves, nomeadamente aquelas com asma grave, doenças pulmonares crónicas, problemas cardíacos congénitos ou distúrbios graves do desenvolvimento, entre outras condições.
Citado pela EFE, Hugo de Jonge estima que mais de 42.000 crianças com maior risco de acabar no hospital por contágio podem participar desta primeira parte da campanha de vacinação infantil, embora não esteja claro se a oferta de vacinas será estendida a outras crianças de 05 anos e 11 anos sem doença, algo que ainda está a ser avaliado.
Há evidências de que crianças com doenças subjacentes apresentam risco aumentado de síndrome inflamatória multissistêmica infantil (MIS-C), uma complicação específica do coronavírus na qual ocorre uma reação inflamatória dos órgãos.
A EMA aprovou em novembro a extensão do uso da vacina Pfizer para crianças de 05 a 11 anos, considerando essa opção segura e eficaz, e recomendou que fosse administrada em duas injeções, com intervalo de três semanas.
A EMA também está a avaliar os dados apresentados pela Moderna para estender a sua licença europeia atual para crianças de 6-11 anos.
A covid-19 provocou pelo menos 5.270.700 mortes em todo o mundo, entre mais de 266,54 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como “preocupante” pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em 57 países de todos os continentes.
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