"O que sabemos é que o voo chegou às 11:20 e pelo menos 21 passageiros foram encaminhados, de imediato, para uma sala de isolamento na aerogare mesmo antes de chegarem à zona de bagagem. Percebemos, entretanto, que o avião fez rotação, mas a menos que a desinfeção tenha sido muito rápida, não terá sido feita desinfeção", descreveu à Lusa Fernando Simões, SINTAC.

A agência Lusa contactou a ANA - Aeroportos, mas até ao momento não obteve resposta.

Já fonte do Comando Metropolitano da PSP do Porto confirmou que foi solicitada a esta força de segurança apoio para delimitar um perímetro de segurança no Aeroporto Francisco Sá Carneiro devido a casos suspeitos de Covid-19.

Fernando Simões aproveitou para apelar a que venham a ser tomadas "medidas mais rigorosas e informadas", criticando as empresas do setor de "deixarem os funcionários desinformados e à sua sorte sem lhes fornecer material de proteção, por exemplo".

"Vimos pessoas ontem [quarta-feira] amontoadas como galinhas no aeroporto de Faro. Hoje esta situação no Porto. E as situações repetem-se por todo o país. Um aeroporto tanto é um ponto fulcral para a economia e o turismo, como é para contágio. As pessoas não respeitam as regras, colocam-se a si e aos funcionários em risco, e as empresas não informam de nada do que se está a passar. São necessárias medidas mais musculadas a nível geral e nacional", defendeu o SINTAC.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.

Dos casos confirmados, 696 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

O boletim divulgado pela DGS assinala 6.061 casos suspeitos até hoje, dos quais 488 aguardavam resultado laboratorial.

De acordo com o boletim, há 8.091 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal.