"Ontem, a senhora Ministra da Saúde e eu, reunimos com peritos que têm apoiado o Governo nas suas decisões e, muito provavelmente, o pico já terá passado, com algumas regiões e grupos etárias já com quedas visíveis", afirmou Mariana Vieira da Silva na conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros.
Por essa razão, "a decisão [do Conselho de Ministros] foi manter as medidas em vigor".
Porém, diz a ministra da Presidência, "nunca a resposta à pergunta 'o Governo afasta definitivamente a hipótese se voltar a ter medidas?' é um sim". "Com os dados que temos e tendo em conta que o número de pessoas internadas em cuidados intensivos está abaixo dos 40%, que é a meta das linhas vermelhas (...), o Governo entende que não são necessárias medidas adicionais", acrescentou.
"O fim da obrigatoriedade da máscara não significa que não seja utilizada em situações de maior risco", sublinha a ministra da Presidência. Mariana Vieira da Silva apela ainda que se evite "o contacto com pessoas mais vulneráveis se tivermos sintomas ou contactos de maior risco".
O plano de vacinação para o próximo outono será anunciado "entre a próxima semana e a semana seguinte", anunciou também hoje a ministra da Presidência.
O Conselho de Ministros desta quinta-feira prolongou ainda a situação de alerta até 30 de junho, "mantendo-se inalteradas todas as medidas que atualmente se encontram em vigor”. Recorde-se que a situação de alerta é o nível mais baixo de resposta a situações de catástrofes da Lei de Base da Proteção Civil.
Segundo o relatório semanal do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a evolução da pandemia de covid-19 no país, o Rt a nível nacional baixou de 1,23 para 1,13, mas todas as regiões apresentam a média deste indicador a cinco dias superior a 1, o que “indica uma tendência crescente” de infeções.
O valor do Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus – é superior a 1 desde 26 de abril.
Os dados esta quarta-feira divulgados avançam ainda que o número médio de casos diários de infeção a cinco dias passou dos 22.805 para os 29.101 em Portugal, sendo ligeiramente mais baixo no continente (27.851).
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