Estes dados foram revelados por Carlos Farinha, diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária (PJ), em resposta a perguntas dos jornalistas no final da cerimónia solene do 75.º aniversário da Polícia Judiciária, evento que teve a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, do primeiro-ministro, António Costa, da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem e do diretor nacional da PJ, Luís Neves, entre outras figuras do Estado e das instituições.

Tanto Luís Neves como Carlos Farinha realçaram contudo que apesar das dificuldades trazidas pela pandemia, a "questão da operacionalidade" desta polícia de investigação criminal nunca esteve em causa, porque, conforme referiu Carlos Farinha, "há o balanceamento de meios".

A título de exemplo referiu que aquando de uma diligência policial a efetuar na ilha da Madeira se verificou um caso positivo num elemento da comitiva da PJ, esse facto levou à imediata substituição dos outros elementos que o iam acompanhar.

Por seu lado, Luís Neves admitiu aos jornalistas que a pandemia atrasou a entrada este ano de um concurso de 100 novos inspetores, os quais deverão fortalecer as fileiras da PJ no próximo verão.

Apesar deste atraso, Luís Neves salientou que nos últimos três anos e meio a PJ obteve um reforço de meios humanos como "nunca tivera", o que ajudará a regularizar o quadro de pessoal face às aposentações.

"A pandemia afetou, mas a PJ não deixou de fazer qualquer serviço, quer nos crimes contra as pessoas, homicídios, crimes de natureza sexual ou nos incêndios", disse Luís Neves, sublinhando o importante contributo da GNR na questão do fogo posto.

Segundo o diretor nacional da PJ, quando surgem inspetores infetados pelo covid-19 isso afeta o trabalho do dia-a-dia, mas não a "capacidade operacional" desta polícia, a qual, garantiu, "não foi beliscada minimamente".

Em Portugal, morreram 2.213 pessoas dos 103.736 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.