No domingo, o primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente da República “reuniram-se” via Skype para começarem discutir o estado de emergência que viria a ser decretado na quarta-feira por Marcelo Rebelo de Sousa, depois de ouvir o Conselho de Estado através de uma videoconferência.
Duas excepções são a Assembleia da República e o Governo, que nessa quarta-feira tiveram reuniões presenciais. Em São Bento, o número de deputados foi restrito e os ministros passaram a reuniu-se no Palácio da Ajuda, em Lisboa, que lhes permite usar uma sala maior de forma a manterem a distância socialmente aconselhável para diminuir os riscos de contágio.
Mas mesmo assim, na conferência de imprensa, transmitida pela RTP, estão apenas jornalistas da televisão pública, da agência Lusa e de uma outra televisão privada que é sorteada. Os restantes jornalistas fazem perguntas à distância, através de um programa informático.
Para terça-feira, continua previsto debate quinzenal com o primeiro-ministro na Assembleia da República, que reduziu os seus trabalhos devido à pandemia mas não encerrou.
Os partidos reduziram a zero a agenda dos líderes e, no caso do PSD e do CDS, até fecharam as sedes, não há conferências de imprensa nem reuniões dos órgãos nacionais.
A última conferência de imprensa do BE, por exemplo, foi através de “streaming” e as perguntas à coordenadora, Catarina Martins, foram enviadas a uma assessora e depois respondidas.
Os comentários e as críticas de alguns dos partidos da oposição às medidas avançadas pelo Governo para conter a pandemia de covid-19, e minorar os seus efeitos económicos e sociais, têm sido feitas, mas chegam aos jornalistas de forma diferente – numa espécie de vídeo-comunicado.
Foi o que fizeram, por exemplo, o BE, PCP, CDS e Chega, que passaram a gravar vídeos e a enviá-los para as redações, enquanto o PAN preferiu fazer um depoimento ao vivo via Youtube e Facebook.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, infetou mais de 250 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 10.400 morreram.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 1.020, mais 235 do que na quinta-feira.
O número de mortos no país subiu para seis.
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