Em declarações à Lusa, o capitão dos Portos do Douro e Leixões, Cruz Martins, explicou que o objetivo é evitar “aglomerados de pessoas” nos areais.
“O que queremos evitar é que as pessoas, dado o bom tempo, se juntem nos areais. É importante seguirem as recomendações e ficarem em casa”, disse.
O comandante sublinhou que estas medidas de contenção de propagação do novo coronavirus são “essenciais”, apelando à colaboração e compreensão de todos.
Neste momento, acrescentou, é importante reduzir os contactos ao mínimo.
Cruz Martins garantiu que a capitania vai acompanhando “de perto” a situação e que as medidas vão sendo adaptadas consoante a sua evolução.
A Câmara Municipal de Matosinhos também avançou, em comunicado, que todas as praias do concelho estão interditadas à prática balnear, bem como a todos os desportos náuticos até 31 de março.
A autarquia avança que decidiu proceder à comunicação desta medida à Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, bem como à Agência Portuguesa do Ambiente, Polícia Marítima e Polícia Municipal.
“Esta medida será reavaliada antes do fim do período definido”, ou seja, antes de 31 de março, refere a nota enviada à agência Lusa pela autarquia matosinhense.
Na quinta-feira a Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia já tinha anunciado medida igual sobre as praias do concelho.
Em comunicado, a Câmara de Gaia, avançou que determinou “a interdição das praias fluviais e marítimas”, decisão que foi comunicada às respetivas entidades, nomeadamente Polícia Marítima e Polícia Municipal.
Já hoje, a Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores (FEPONS) desaconselhou a ida às praias para evitar a propagação do novo coronavírus e um maior risco de afogamentos.
Uma fonte da direção da FEPONS indicou à agência Lusa que, neste momento, há uma preocupação acrescida relativamente aos afogamentos nas praias e recomenda que as pessoas não se aproximem da água, especialmente porque “a ondulação e as correntes marítimas estão fortes”.
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassou as 131 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que, segundo dados hoje divulgados, tem 112 casos confirmados.
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