O conjunto de cerca de 20 professores bloquistas distribuídos pelo país, segundo o BE, promoveu uma posição pública, que já conta com 117 subscrições.
“Os documentos ‘Orientações’ e ‘Orientações para a Organização do Ano Letivo de 2020/2021’, emanados da Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGESTE) e divulgados a 03 de junho, em conjunto com a entrevista que o ministro da Educação deu a 04 de junho ao [jornal semanário] Expresso, vieram lançar uma onda de perplexidade, inquietação e insegurança sobre a comunidade escolar”.
O texto frisa mesmo tratar-se de um “irresponsável atropelo às regras de distanciamento físico e social”, pois “o distanciamento de um metro não tem caráter obrigatório e só ocorrerá ‘se for possível’, permitindo implicitamente que os alunos estejam encostados uns aos outros por não haver salas de aulas onde caibam turmas com 28 e 30 alunos de outra maneira”.
“A insensibilidade e irresponsabilidade demonstradas pelo Ministério da Educação (ME), através das orientações divulgadas em junho, levam-nos a temer que as escolas venham a ser espaços geradores de surtos de propagação da pandemia”, avisam.
Os autores do documento lamentam que “as opções economicistas” se sobreponham “ao direito à segurança e à saúde” e defendem que cabe aos professores "impedir que a aplicação das «Orientações» atentatórias da saúde pública seja consumada em setembro próximo".
“Os professores não estão disponíveis para aceitar tamanha irresponsabilidade e instam a sociedade a exigir que o ME assuma as suas responsabilidades de defesa da escola pública como local seguro de aprendizagem e socialização dos jovens”, conclui-se no texto.
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