Na segunda-feira tinham sido registados 50 mortes e 13.972 novos casos, mas os números do fim de semana são frequentemente mais baixos do que a média devido ao atraso no processamento dos dados.

O total acumulado desde o início da pandemia de covid-19 no Reino Unido é agora de 634.920 casos de infeção confirmados e de 43.018 óbitos registados num período de 28 dias após as vítimas terem recebido um teste positivo.

O governo atualizou também para 57.690 o balanço das mortes que incluem casos suspeitos cujas certidões de óbito fazem referência ao covid-19, mas que cujas vítimas não foram testadas ao novo coronavírus.

Este acentuar da mortalidade vem dar razão aos assessores médicos e científicos do governo, que avisaram que o aumento exponencial de infeções que se tem vindo a registar teria impacto no aumento das hospitalizações e do número de mortes.

A diretora médica da Direção Geral da Saúde de Inglaterra, Yvonne Doyle, disse que “a tendência de mortes relacionadas a covid-19 está a começar a aumentar rapidamente, o que é extremamente preocupante”.

“Temos visto casos a aumentar especialmente em grupos de idade mais avançada, o que está a levar a mais internamentos hospitalares”, acrescentou.

De acordo com os dados do governo, na segunda-feira estavam internados nos hospitais pelo menos 4.500 pacientes com covid-19, dos quais 507 com necessidade de assistência respiratória por ventilador.

O parlamento britânico vota hoje um novo sistema de três níveis de restrições para travar a pandemia covid-19 apresentado na segunda-feira, que coloca a cidade de Liverpool na categoria de maior risco, forçando ‘pubs’ e bares a encerrar para reduzir o contacto social.

O segundo nível mais alto reflete muitas das restrições locais atuais em vigor em partes do norte e centro de Inglaterra, nomeadamente a interdição de socializar em espaços fechados, mas permite ajuntamentos de até seis pessoas ao ar livre.

O nível médio, que é também o mais baixo dos três, abrange atualmente a maior parte do país onde se aplicam as medidas nacionais, nomeadamente o limite de grupos até seis pessoas em espaços fechados ou abertos, e o encerramento de bares e restaurantes às 22:00 horas.

Porém, assessores médicos e científicos admitem a necessidade de medidas mais duras a nível nacional para travar a transmissão do vírus. 

Espanha

Espanha registou hoje 7.118 novos casos de covid-19, uma descida depois de vários dias com números acima dos 10.000, elevando para 896.086 o total de infetados até agora no país, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol.

Por outro lado, as autoridades contabilizaram mais 80 mortes com a doença nas últimas 24 horas, aumentando o total de óbitos para 33.204.

Deram entrada nos hospitais com a doença nas últimas 24 horas em todo o país 1.149 pessoas, das quais 251 em Madrid, 185 na Catalunha e 179 na Andaluzia.

Em todo o país há 11.297 pessoas hospitalizadas com a doença, das quais 1.595 pacientes em unidades de cuidados intensivos.

O Governo central espanhol e a região de Madrid continuam divididos quanto à forma de luta contra a pandemia de covid-19.

“Hoje pedimos mais uma vez ao Governo espanhol que levante o estado de emergência em Madrid”, pediu hoje a presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, numa conferência de imprensa.

O Ministro da Saúde, Salvador Illa, disse esta manhã numa entrevista a uma rádio que a região devia “baixar a incidência acumulada para menos de 200″ e que, se isto for conseguido, o estado de emergência na região será levantado.

O Governo espanhol (socialista) decidiu instaurar o estado de emergência da região de Madrid a partir da última sexta-feira, uma medida contestada pelas autoridades locais (direita) que afirmam que a incidência da doença já desceu abaixo dos 500 por cada 100.000 habitantes nos últimos dias.

Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos 14 dias, a incidência acumulada de infeções é de 756,79 em Navarra, 543,43 em Melilla, e Madrid passou de 501 registados na segunda-feira para 489,15 hoje.