Entre 23 e 27 de dezembro, é permitida a reunião de três agregados familiares diferentes por um máximo de cinco dias num único sítio e as famílias podem deslocar-se por todo o Reino Unido, indicou o Governo, depois de uma reunião entre os líderes das quatro nações que constituem o país (Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte e Inglaterra).
As restrições variam, mas, em grande parte do território, dois agregados familiares diferentes estão proibidos de se reunir em ambientes fechados e, em toda a Inglaterra, qualquer reunião é limitada a seis pessoas.
“Estas bolhas serão uma oportunidade para as pessoas encontrarem amigos íntimos e familiares de uma forma muito restrita para garantir que aqueles que amamos possam estar ao nosso lado neste momento especial, mas apenas por um período limitado”, afirmou o ministro Michael Gove, responsável pela coordenação da ação governamental.
Quase 56.000 pessoas com teste positivo para o novo coronavírus morreram no Reino Unido, o maior número de vítimas mortais na Europa, e mais de 600 novos óbitos foram anunciados hoje, um recorde diário desde maio.
No total, mais de 1,5 milhões de infeções foram registadas no país.
O Governo espera um regresso à vida normal por volta da Páscoa, graças às vacinas, incluindo a do projeto britânico AstraZeneca/Oxford.
“Depois da Páscoa, achamos que voltamos ao normal”, afirmou hoje o ministro da Saúde, Matt Hancock, a um comité parlamentar, embora as medidas de vigilância, como a lavagem das mãos ou o distanciamento social, vão ser “comuns”, acrescentou.
No Reino Unido, cada província britânica decide a própria estratégia de combate ao vírus.
Os líderes das quatro nações, no entanto, optaram por uma abordagem comum para a temporada de festas.
“Apesar de eu ter hesitado, devido à situação do vírus no País de Gales e em todo o Reino Unido, é melhor se tivermos um conjunto comum de disposições que forneçam às pessoas uma estrutura na qual possam agir com responsabilidade”, afirmou o primeiro-ministro galês, Mark Drakeford, à agência de notícias PA.
“Isto vai dar às famílias alguma margem de manobra – todos nós desejamos não deixar os nossos entes queridos sozinhos no Natal -, mas o vírus não vai tirar férias, então tenham cuidado”, vincou a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou na segunda-feira o regresso, no início de dezembro, após quatro semanas de confinamento em Inglaterra, a uma forte estratégia local contra o novo coronavírus, acompanhada por um programa de rastreamento maciço.
Em toda a Inglaterra, as lojas não essenciais vão reabrir e os ingleses podem agora reunir-se até seis pessoas.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.397.322 mortos resultantes de mais de 59,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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