"A situação é bastante grave e os contágios continuam", o que "pode levar ao fecho do tribunal e à disseminação da covid-19", afirmou o presidente da Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), António Marçal, em declarações à agência Lusa.
O dirigente sindical reivindicou a aplicação das medidas definidas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e no Plano de Contingência dos tribunais e a desinfeção do edifício, sublinhando que até agora "ainda nada foi feito".
Segundo o sindicalista, o primeiro caso de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 no Tribunal Judicial de Évora foi detetado no dia 23 de dezembro e, desde então e até hoje, já foram confirmadas mais três pessoas infetadas com o vírus da covid-19.
Embora ressalvando que o Tribunal de Évora está a funcionar dentro da normalidade, António Marçal indicou que estão também cinco funcionários judiciais a cumprir isolamento profilático.
O dirigente sindical notou que os funcionários judiciais deste tribunal nunca foram informados pela entidade patronal sobre a existência de casos de infeção naquele serviço, indicando que as informações foram obtidas "junto de colegas e até de magistrados".
O presidente do SFJ disse que já contactou o juiz presidente e o administrador da Comarca de Évora e que estes que lhe disseram que "já não estavam em funções", adiantando ter pedido medidas à diretora-geral da Administração da Justiça e ao gabinete do secretário de Estado da Justiça.
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