Uma nota publicada na página na internet da Diocese do Porto, assinada por Manuel Linda, explica que a medida foi tomada após uma reunião realizada hoje, na qual o clero de Felgueiras pediu a “suspensão das celebrações e outras atividades paroquiais comunitárias, em linha com o recomendado pelas autoridades para a não difusão do coronavírus”.

“Atendendo às razões invocadas, para bem do povo de Deus da Vigararia de Felgueiras, concedo autorização para a suspensão de todas as atividades comunitárias”, como litúrgicas, devocionais ou catequético-formativas, “com exceção de sacramentos muito urgentes e de funerais”, refere a nota, adiantando que, “nestes casos, participarão o menor número de pessoas”.

Esta autorização é concedida “por tempo indeterminado, de acordo com a evolução da situação e em sintonia com as orientações que venham a ser emanadas pelas autoridades civis”, acrescenta.

Na segunda-feira, o bispo do Porto já tinha emitido uma nota em que reforçava as indicações aos padres da diocese, face ao facto de a maioria dos infetados com o novo coronavírus serem originários da região.

Manuel Linda, embora “ressaltando sempre que é às estruturas de saúde” a quem compete fornecer indicações à população, compilou um conjunto de orientações dirigidas aos agentes pastorais, “regras provisórias, sujeitas a serem modificadas pelas circunstâncias, pois são apenas fruto do bom senso”, mas que pede para serem “levadas muito a sério”.

“Além de medidas reforçadas de higiene, use-se a comunhão na mão e evite-se o gesto da paz, o uso da água nas pias de água benta e beijos ou outros gestos de contacto físico com imagens”, escreveu, na segunda-feira, o prelado do Porto, acrescentando que “tomadas estas precauções, as celebrações litúrgicas, mormente a Missa, sacramentos e funerais, para já, decorrerão na forma habitual”.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos.

Cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.

Nos últimos dias, a Itália tornou-se no caso mais grave de epidemia fora da China, com 631 mortos e mais de 10.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.

A quarentena imposta pelo Governo italiano ao Norte do país foi alargada a toda a Itália.

O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.

Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.

Segundo a DGS, há ainda 667 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, até agora a mais afetada.

Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do país, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.

Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.

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