Devido à "rápida disseminação da nova variante" Delta e aproveitando a "disponibilidade acrescida de vacinas", a task-force da vacinação informou que o ritmo da vacinação vai aumentar nas próximas duas semanas. Assim, será possível "vacinar cerca de 850 mil utentes por semana" e "prevê-se ser possível, em alguns dias, ultrapassar as 140 mil inoculações diárias".
“Estamos numa guerra contra o vírus e vamos dar o máximo que podemos para adiantar o processo de vacinação, levando ao limite”, disse, em declarações à agência Lusa, o vice-almirante Gouveia e Melo
O coordenador da Task Force explicou que será usado o máximo de stocks de vacinas existentes para aumentar o ritmo de vacinação.
“Estamos a um ritmo de 100 mil por dia, mas ainda vamos aumentar esse ritmo e vamos esgotar todos os nossos stocks de vacinas, eventualmente reduzindo alguma segurança em termos de reserva, mas para adiantar o processo de vacinação”, explicou.
As próximas duas semanas, explicou, são decisivas pelo que é expectável que o ritmo de vacinação suba para mais de 120 mil vacinas por dia de forma consistente o que fará com que a vacinação atinja por semana mais de 800 mil vacinas.
“Estamos a usar todos os nossos métodos de agendamento, online, central, local e através do sistema de casa aberta para elevar ao limite. Haverá dias em que podemos chegar ou ultrapassar a capacidade dos 140 mil por dia, vamos alargar horários e reforçar as nossas equipas”, disse.
Gouveia e Melo adiantou que esta aceleração repentina, num tempo de duas semanas, poderá causar algumas filas indesejáveis.
“Eventualmente poderão ocorrer algumas filas indesejáveis, o processo não será tão rápido como o desejável e peço desde já desculpa aos utentes que tiverem de esperar uma hora ou hora meia numa fila, mas é a moeda de troca entre a qualidade do processo pelo ritmo de vacinação e pela urgência. Nesta fase temos de privilegiar a urgência”, frisou.
O coordenador da Task force garantiu, contudo, que fará tudo o que puder para evitar constrangimentos.
“Estamos em crer que a população compreende e apoia a necessidade de avançar o ritmo ao máximo que podemos. Há um esforço extraordinário de todos os profissionais de saúde envolvidos para que o processo seja o mais limpo possível. Estamos todos em modo de guerra e agora são os dia D, os dias decisivos dessa guerra”, disse o vice-almirante.
Gouveia e Melo referiu ainda que a aceleração da vacinação a um máximo exequível pretende contribuir para que agosto e setembro sejam meses mais calmos em Portugal.
Segundo o último relatório semanal da vacinação divulgado pela DGS, 5.335.683 pessoas já receberam pelo menos uma dose e 3.295.132 têm a vacinação completa, o que representa 32% da população.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.957.862 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 182,5 milhões de casos de infeção, segundo o balanço mais recente feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.112 pessoas e foram registados 887.047 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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