Donald Trump deixou hoje a Casa Branca no helicóptero "Marine One" para o Centro Médico Militar Nacional Walter Reed, nos arredores de Washington. Segundo a versão oficial, a hospitalização é por precaução e o presidente norte-americano ficará na suíte presidencial do hospital, que está equipada para permitir que mantenha as suas funções.

De acordo com as imagens divulgadas pelas agências internacionais, é possível ver Trump a caminhar para o helicóptero pelo próprio pé, mas com uma máscara. O mesmo se verificou durante a sua chegada ao centro médico. Pouco depois era publicado nas redes sociais um vídeo com uma mensagem a agradecer o apoio.

"Quero agradecer a todos pelo o apoio tremendo. Vou para o hospital Walter Reed. Penso que estou muito bem, mas vamos confirmar se está tudo bem. A primeira-dama também está a recuperar bem. Muito obrigado pelo apoio, agradeço imenso e nunca o esquecerei", referiu Trump.

Uma porta-voz da sua administração já sublinhou que Trump não vai transferir o poder para o vice-presidente Mike Pence. "O presidente continua no comando", revelou a fonte à NBC News.

Em comunicado, de acordo com o The Guardian, a Casa Branca salienta que Trump está com sintomas ligeiros e que tem estado a trabalhar. "O Presidente Trump continua animado, está com sintomas ligeiros e tem trabalhado ao longo do dia. Por abundante prudência, e por recomendação do seu médico e peritos, o presidente vai trabalhar a partir de Walter Reed [hospital] nos próximos dias", pode ler-se.

De acordo com o médico da Casa Branca, Sean Conley, Donald Trump recebeu um cocktail experimental de anticorpos, permanece “cansado, mas mantém "bom moral”. O Presidente dos Estados Unidos está a ser tratado com anticorpos sintéticos, um tratamento experimental considerado promissor. Segundo o médico, Donald Trump recebeu uma dose do cocktail experimental desenvolvido pelo laboratório Regeneron, que deu resultados preliminares encorajadores em testes clínicos num pequeno número de pacientes. O The New York Times, que cita duas fontes próximas de Trump, indica que o presidente norte-americano está com sintomas ligeiros ("pouca febre, tosse e congestão nasal") e que, além do referido cocktail, está a tomar vitamina D, zinco, melatonina, aspirina e famotidina (um antiácido mais conhecido como Pepcid).

Os especialistas irão agora examinar o Presidente norte-americano e farão recomendações para "os próximos passos", adiantou o médico, acrescentando que a mulher de Trump, Melania, também infetada, apresentava "uma tosse ligeira e dor de cabeça".

O filho do meio de Trump, Eric, reagiu no Twitter à situação e diz que o pai é um "verdadeiro guerreiro". O ex-presidente Barack Obama, também já desejou "as melhoras" a Trump.

Esta madrugada, Donald Trump escreveu na sua página pessoal da rede social Twitter que, tal como a primeira-dama, Melania, tinha testado positivo com covid-19 e que iria ficar em quarentena, num anúncio que deixou o país em alerta e está a multiplicar reações em todo o mundo.

As ações de campanha programadas de Donald Trump vão ser mantidas de forma virtual ou adiadas, anunciou hoje a equipa de campanha do candidato republicano quando faltam 32 dias para a eleição presidencial.

Tanto o candidato presidencial democrata Joe Biden como a sua vice Kamala Harris tiveram teste negativo, segundo a sua campanha. O vice-presidente Mike Pence também testou negativo para o vírus na sexta-feira de manhã e "continua de boa saúde".

Notícia atualizada às 23:55