O estudo, publicado na revista científica New England Journal of Medicine, tem por base amostras sanguíneas de 110 pessoas (43 estiveram infetadas com o novo coronavírus, as restantes não).
Os resultados revelam que, após a primeira dose de ambas as vacinas, as pessoas que tiveram covid-19 "desenvolveram rapidamente" níveis de anticorpos "uniformes e elevados nos dias seguintes" à injeção.
Segundo o trabalho, conduzido por investigadores da Escola de Medicina Icahn, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, a concentração de anticorpos era 10 a 45 vezes superior nestas pessoas do que nas pessoas que não estiveram infetadas.
Após a segunda dose, os níveis de anticorpos nas pessoas que tiveram covid-19 eram, em média, seis vezes mais altos.
As duas vacinas, que assentam na mesma tecnologia, foram testadas para serem administradas em duas doses.
"Os resultados sugerem que uma só dose da vacina provoca uma resposta imunitária muito rápida nas pessoas que estiveram infetadas", afirmou uma das autoras do estudo, Florian Krammer, acrescentando que a primeira dose se assemelha a um reforço (segunda dose) para pessoas que estiveram infetadas.
Em 12 de fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) manteve a orientação da toma de duas doses das vacinas para a covid-19, apesar de a autoridade sanitária francesa ter recomendado a administração de apenas uma às pessoas que já estiveram infetadas.
A cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, assinalou que são necessários "mais estudos" para se perceber se a primeira dose pode atuar como "um reforço" da imunidade à covid-19 para as pessoas que estiveram infetadas, que desenvolveram naturalmente anticorpos contra o novo coronavírus, o SARS-CoV-2.
A pandemia da covid-19 provocou, pelo menos, 2.621.295 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.635 pessoas dos 812.575 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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