O prejuízo engloba diferentes componentes, como é o caso da falta de receitas de turismo ou de ação social (cantinas e residências universitárias), sendo que Amílcar Falcão estima que, caso a situação se mantenha, a Universidade de Coimbra (UC) deve acabar o ano civil com um défice "não inferior a seis ou sete milhões de euros".

De acordo com o reitor, só no serviço de ação social a universidade regista um défice mensal de 300 mil euros, por não ter estudantes nas residências e nas cantinas.

Amílcar Falcão vincou ainda que a UC tem gasto "muito dinheiro em ‘tablets' e cartões de dados para alunos poderem assistir às aulas [à distância]", criticando o Governo por ainda não ter anunciado qualquer tipo de apoio para as instituições do ensino superior nesta área.

O reitor da UC falava com os jornalistas após a assinatura de um protocolo e de uma visita de vários membros do Governo à UC, marcando presença a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que também visitaram o Instituto Politécnico de Coimbra.

Segundo Amílcar Falcão, a Universidade de Coimbra está já a pensar num sistema híbrido para o novo ano letivo, em que haja um misto de ensino à distância com ensino presencial.

"Estamos preparados para ter um ensino híbrido", vincou, referindo que já neste ano letivo gostava de poder retomar algumas atividades presenciais ainda durante o mês de maio, "até para testar a reação e o tipo de metodologia" que poderão ter que adotar no próximo ano letivo.