Em comunicado, a CPLP reafirmou “a necessidade de urgentemente ser constituído um novo Governo que reflita a escolha livre e democrática do povo guineense expressa nas eleições do passado dia 10 de março”.

A CPLP reiterou a disponibilidade para, em conjunto com outros parceiros internacionais, apoiar “o futuro Governo da Guiné-Bissau na mobilização dos recursos necessários para fazer face aos desafios prementes que se colocam ao país, na sua justa e legítima procura dos caminhos do desenvolvimento económico e social”.

No comunicado, a CPLP congratulou-se com a decisão do Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, de convocar as próximas eleições presidenciais para o dia 24 de novembro de 2019, que, no seguimento das eleições legislativas do passado dia 10 de março, concluirão um ciclo eleitoral” no país, “assegurando a imprescindível estabilidade democrática e governativa no país”.

A CPLP saudou ainda a decisão do Presidente da República guineense de pedir ao partido com maior número de deputados na Assembleia Nacional Popular a indicação de um nome para o cargo de primeiro-ministro, “pedido que foi prontamente correspondido”.

“Nesse quadro, a CPLP acompanha com muita atenção e preocupação o evoluir da situação” na Guiné-Bissau, aguardando “com muita expetativa a nomeação do primeiro-ministro, em plena consonância com o quadro legal e os padrões democráticos típicos dos Estados de Direito”.

Mais de três meses depois das eleições legislativas, em 10 de março, o Presidente da Guiné-Bissau ainda não indigitou o primeiro-ministro e o Governo, alegando o impasse para a eleição da mesa do parlamento.

José Mário Vaz ouviu os partidos na sexta-feira e pediu ao Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) para indicar um nome para o cargo de primeiro-ministro.

O PAIGC indicou o nome do presidente do partido, Domingos Simões Pereira, que o Presidente recusou.

O Presidente guineense cumpre cinco anos de mandato no domingo.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.