A criação de um Fundo de Solidariedade para apoiar as regiões atingidas pela calamidade foi anunciada no dia 22 de março, após uma reunião extraordinária do Comité de Concertação Permanente, em que os representantes dos nove países-membros analisaram as consequências da passagem do Idai e debateram “propostas para ajudar a mitigar a tragédia”.

O secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, afirmou na altura que também os 18 países com estatuto de observador vão ser chamados a contribuir para o fundo.

Segundo fonte da organização lusófona, "há manifestações de intenção que permitem pensar que o fundo contará que cerca de um milhão de euros".

O documento, que estabelece os termos para a transferência dos recursos mobilizados pela CPLP, vai ser assinado, na sede da organização, em Lisboa, pelo secretário-executivo da CPLP, embaixador Francisco Ribeiro Telles, e pelo representante permanente de Moçambique junto da organização, embaixador Joaquim Bule.

O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março.

Em Moçambique, segundo dados do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, a passagem do ciclone terá afetado 1,4 milhões de pessoas, provocando, pelo menos, 598 mortos e 1.641 feridos.