Lançada em 2012 por Assunção Cristas, então ministra da Agricultura, a Bolsa Nacional de Terras terá ficado longe de cumprir as expectativas de rentabilizar o vasto património do Estado em terrenos agrícolas, muitos deles abandonados, criando ao mesmo tempo uma plataforma em que os privados podem também vender ou arrendar os seus terrenos.

Dez anos depois, o Estado não vendeu um único terreno através desta bolsa. De um património de quase seis mil “terrenos”, com uma área aproximada de 190 mil hectares, registados no Sistema de Informação dos Imóveis do Estado, foram arrendados apenas 36, num total de 797 hectares, revela o Público.

Segundo o mesmo jornal, entidades e institutos públicos classificados como “outras entidades públicas” venderam 21 parcelas e arrendaram 15, somando 4624 hectares, enquanto as autarquias não venderam nenhuma e arrendaram 20, num total de 90 hectares.

Já no que diz respeito aos privados, foram vendidos 169 terrenos e arrendados 111.

A grande maioria dos negócios (82%) promovidos através desta plataforma aconteceram até abril de 2018, o que mostra que nos últimos quatro anos a atividade foi muito menor. Foi também por essa altura que se reuniu pela última vez o Grupo de Acompanhamento da Bolsa de Terras.

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