"Então não nos espantamos quando vemos hoje notícias que nos dizem que os fundos têm uma execução tão baixa que há risco de devolver dinheiro a Bruxelas? Isto é incompreensível e inadmissível, porque o país precisa deste dinheiro", frisou Assunção Cristas, no discurso durante um jantar de apresentação da candidatura de Sidónio Santos à Câmara de Pombal, no distrito de Leiria.
A líder do CDS-PP acusou o primeiro-ministro António Costa de "tantas vezes" dizer "uma coisa e fazer tantas vezes o contrário".
"António Costa diz que a qualificação dos portugueses é uma grande prioridade para este Governo, mas eu ando por todo o país, vou às empresas e estamos num concelho com muitas empresas e indústria, a querer trabalhar, a puxar pela nossa economia, pelas nossas exportações e o que dizem é que não crescem mais porque não têm maneira de ter pessoas qualificadas tecnicamente para as suas áreas", adiantou Assunção Cristas.
Segundo a também candidata à Câmara de Lisboa, as empresas até poderiam "crescer mais", mas questionam "onde vão buscar pessoas qualificadas".
"Aos centros de formação profissional e aos cursos que começaram a ser desenhados com o setor empresarial? A resposta é: antigamente ainda tínhamos algumas turmas, agora estão cortadas porque não há fundos comunitários para pagar e para financiar esses cursos. Então onde está a prioridade da qualificação? Onde estão a ser alocados os fundos comunitários?", perguntou ainda Assunção Cristas.
A presidente do CDS-PP sublinhou que os "empresários precisam desta formação, porque precisam de apoio aos seus investimentos". "E o que vemos é muita propaganda."
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