Presente na cerimónia comemorativa do 111.º aniversário da Implantação da República, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Lisboa, Assunção Cristas rejeitou falar aos jornalistas na qualidade de ex-presidente do CDS-PP, após ser questionada se haverá um novo ciclo de liderança no partido, e afirmou: “Estou aqui a falar como vereadora em fim de mandato, que liderou a oposição a Fernando Medina durante estes quatro anos, e não falarei de outro assunto”.
Referindo que a vitória de Carlos Moedas a presidente da Câmara de Lisboa, nas eleições autárquicas de 26 de setembro, foi “uma surpresa”, a centrista considerou que esse feito “é o início de uma mudança”.
Questionada sobre se vai participar no congresso do CDS-PP, Assunção Cristas disse: “A minha vida agora tem outras ocupações, em todo caso, neste momento, o que me interessa sinalizar é a alegria de estarmos a terminar um mandato de quatro anos, muito intenso, muito exigente, em que o CDS liderou a oposição na Câmara ao Partido Socialista e sentimos que estes anos foram anos de um trabalho esforçado, mas que deu resultados no final”.
“É com muita alegria que vemos esta viragem na Câmara de Lisboa e que espero que possa significar também uma viragem, o início de uma viragem, a nível nacional”, avançou a vereadora cessante do CDS-PP na Câmara Municipal de Lisboa, que ficou em segundo lugar nas eleições autárquicas de 2017, com 20,6% (perto de 52 mil votos), numa candidatura apoiada também por MPT e PPM e que elegeu quatro vereadores.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa, estiveram presentes hoje nas cerimónias do 111.º aniversário da Implantação da República, assim como a vereação da Câmara Municipal no mandato de 2017-2021 e o presidente eleito da Câmara Municipal de Lisboa, o social-democrata Carlos Moedas.
No mandato de 2017-2021, o executivo de Lisboa, presidido por Fernando Medina, foi composto por oito eleitos pelo PS (incluindo dos Cidadãos por Lisboa e do Lisboa é muita gente), um do BE, quatro do CDS-PP, dois do PSD e dois da CDU.
Nas eleições de 26 de setembro deste ano, o social-democrata Carlos Moedas foi eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa, com 34,25% dos votos, ‘roubando’ a autarquia ao PS, que liderou o executivo autárquico da capital nos últimos 14 anos.
Carlos Moedas vai suceder na presidência da Câmara Municipal de Lisboa ao socialista Fernando Medina, que se recandidatou ao cargo na coligação “Mais Lisboa” (PS/Livre).
Segundo os resultados oficiais, ainda provisórios, a coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) conseguiu sete vereadores, com 34,25% dos votos (83.121 votos); a coligação “Mais Lisboa” (PS/Livre) obteve também sete vereadores, com 33,3% (80.822 votos); a CDU (PCP/PEV) dois, com 10,52% (25.528 votos); e o BE conseguiu um mandato, com 6,21% (15.063).
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