Assunção Cristas, que hoje visitou, acompanhada pelo candidato do partido às eleições europeias Nuno Melo, uma unidade de produção e embalamento de frutos secos em Torres Novas (Santarém), reagiu, “sem surpresa”, ao estudo divulgado hoje pela Fundação Francisco Manuel dos Santos que aponta para a necessidade de aumentar a idade da reforma para evitar o colapso do sistema de segurança social.
A líder centrista defendeu a necessidade de um trabalho “em conjunto”, referindo a proposta apresentada pelo seu partido, inspirada no sistema inglês, que permitiria a cada um saber, todos os anos, quanto já tinha descontado, quanto iria receber de reforma e quantos anos ainda iria ter que trabalhar, ao mesmo tempo que poderia aderir a um complemento de reforma, com um sistema de capitalização das poupanças adicionais.
“Já não seria como o sistema atual, em que quem trabalha desconta para quem está na reforma, mas um sistema complementar de capitalização em que estamos a guardar o nosso próprio dinheiro para podermos depois dele beneficiar”, afirmou, apontando esta como uma via para não se ter que “trabalhar tanto tempo”, como aponta o estudo hoje divulgado.
Outra proposta que referiu foi a de, perto da idade da reforma, em vez de "uma transição abrupta" entre trabalho e reforma, poder ser feita uma “transição gradual, voluntária”, em que fosse possível trabalhar a metade do tempo “no último ou nos dois últimos anos da vida ativa e prolongar esse trabalho a meio tempo por mais um ou dois anos”, permitindo “uma transição mais suave” que poderia “acautelar algumas situações”.
Assunção Cristas lamentou que estas “medidas simples”, apresentadas no parlamento em 2016, pouco depois de assumir a liderança do partido, tenham sido chumbadas, com o contrato de transparência a acabar por ser aprovado mais tarde, sem que tenha sido ainda posto em prática.
A líder centrista afirmou que a visita de hoje à Frusel – Fábrica de Frutos Secos, em Torres Novas, surgiu de um convite para conhecer um projeto ligado à agricultura, que tem a preocupação de recorrer a matéria-prima nacional e a produção própria, tendo atualmente uma área de 35 hectares para cultura de pistáchios.
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