"Temos bons contactos, bons diálogos sempre com o PSD em relação a muitas partes do país. Quanto a questões específicas de Lisboa, o tempo dirá como é que as coisas correm. Da nossa parte, estamos com tranquilidade a fazer o nosso trabalho", afirmou Assunção Cristas.
A líder centrista falava aos jornalistas após uma visita ao centro paroquial de São Vicente de Paulo, no bairro da Serafina, em Lisboa, depois de, no sábado, os jornais Público, Expresso e Sol noticiarem que o PSD estaria disposto a negociar um apoio à candidatura de Assunção Cristas à Câmara de Lisboa.
"O CDS tem o seu caminho definido há muito tempo, disse desde a primeira hora que não dependia de ter ou não ter o apoio do PSD, também disse desde a primeira hora que se o PSD entender que aqui há um projeto mobilizador, ganhador para a cidade, e quiser trabalhar em conjunto, certamente que nós estamos disponíveis", afirmou.
Questionada sobre o Porto, Assunção Cristas sublinhou que desde o Congresso do CDS-PP, em março, que os centristas assumiram uma "posição extremamente clara", de reiterar o apoio a Rui Moreira.
Hoje Assunção Cristas visitou durante cerca de duas horas o centro paroquial de São Vicente de Paulo, acompanhada pelo vereador do CDS na Câmara de Lisboa João Gonçalves Pereira e pelo deputado municipal e presidente da concelhia centrista da capital, Diogo Moura.
A líder do CDS ouviu as explicações do padre Crespo, que, desde o final dos anos 1970 tem vindo a desenvolver trabalho social no bairro da Serafina, nas valências da infância, apoio a idosos e a pessoas com deficiência.
À entrada de um dos edifícios do centro paroquial, dezenas de crianças cantavam canções de Natal para os idosos, e Assunção Cristas interveio, ao microfone, nesse festejo de Natal, desejando boas festas.
Sobre um eventual apoio do PSD à sua candidatura, Cristas foi reiterando muito do discurso que tem vindo a repetir desde que em setembro anunciou que estava na corrida pela presidência da autarquia da capital.
"Não há uma vez que eu vá à rua que não me façam perguntas sobre isso. Como estão a ver aqui hoje, no CDS estamos a fazer o nosso trabalho, indo às instituições, indo aos bairros, procurando ouvir na primeira pessoa", afirmou.
Confrontada com um relatório da OCDE, divulgado hoje pelo jornal Observador, que elogia as reformas laborais do anterior Governo, Assunção Cristas defendeu que essa "é uma área em que não devia haver reversões".
"Não é por acaso que, apesar de estarmos a crescer muito pouco, há criação de emprego. Provavelmente, essa criação de emprego deve-se a uma maior flexibilidade que foi introduzida na legislação laboral, o que ajuda a criar competitividade e postos de trabalho", sustentou.
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