O diretor-geral encarregado dos Estados Unidos no Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano, Carlos Fernández de Cossío, disse que nos últimos meses o Governo norte-americano tem aumentado a "retórica hostil" contra Cuba, num comunicado publicado na página oficial da Internet daquele ministério, o Cubaminrex.

Fernández de Cossío acusou os EUA de pretenderem retomar a "fracassada campanha contra Cuba na área dos direitos humanos" e lamentou que "em vez de dialogar na base do respeito, como Cuba tem demonstrado estar disponível para o fazer com o propósito da cooperação e como o faz para outros países, Washington vai para as acusações fraudulentas e campanhas de difamação".

O responsável cubano também classificou as declarações da Administração de Donald Trump como "falsidades irresponsáveis e provocadoras" e considerou que os EUA pretendem justificar o retrocesso verificado no âmbito das relações bilaterais.

Segundo aquele diretor-geral, os Estados Unidos têm dedicado recursos milionários "para minar a ordem constitucional cubana, interferindo nos assuntos internos e financiar indivíduos que atuam como agentes de uma potência estrangeira".

Fernández de Cossío defendeu que o Governo norte-americano fez "acusações infundadas" contra Cuba sobre alegados incidentes de saúde que, segundo Washington, prejudicaram 26 funcionários da sua embaixada em Havana e que foram reportados entre novembro de 2016 e agosto de 2017, cujas causas não foram ainda determinadas.

Esta situação levou a uma deterioração das relações já delicadas entre os EUA e Cuba, já que Washington acusou Havana de saber quem causou os problemas de saúde aos seus funcionários e de não os ter protegido devidamente, algo que o Governo cubano nega.

Cossío instou ainda o Governo dos EUA a prestar atenção ao próximo dia 31 de outubro, quando Cuba espera que a comunidade internacional reivindique novamente nas Nações Unidas o fim da política de embargo económico que Washington aplica contra aquele país.

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