Num comunicado oficial divulgado na véspera do início do 8.º Congresso do Partido Comunista (PC) cubano, em Havana, a mudança de ministro surgiu a pedido de Raul Castro, que, por sua vez, deve ceder o cargo de primeiro secretário da única força política do país ao Presidente Miguel Diaz-Canel, 60 anos.

Além de Raul Castro prevê-se a saída também de alguns dos grandes nomes da geração histórica envolvida na revolução cubana de 1959, entre eles o “número dois” do partido, José Ramon Machado Ventura (90 anos), e o comandante Ramiro Valdês (88).

Leopoldo Cintra Frias, conhecido popularmente como “Polito”, deverá também deixar o Bureau Político do partido, formado por 17 membros e o “coração do poder” em Cuba.

Veterano da revolução, Frias ingressou no exército rebelde de Fidel Castro aos 16 anos, em 1957, antes de prosseguir os estudos militares na antiga Checoslováquia e na extinta União Soviética.

Após várias missões militares no estrangeiro, nomeadamente em Angola e na Etiópia, ao longo da década de 1980, Frias foi declarado “Herói da República” pela Assembleia Nacional cubana, da qual é membro desde 1976.

Frias foi nomeado ministro das Forças Armadas, instituição que é um pilar do sistema cubano, em 2011, tornando-se apenas o terceiro homem a ocupar o cargo em 62 anos, depois de Raul Castro e de Julio Casas Regueiro.

O seu sucessor, Alvaro Lopez Miera, foi até agora vice-ministro das Forças Armadas Revolucionárias e chefe de gabinete do Ministério. Membro do Bureau Político, também é um veterano de campanhas militares na África.

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